Desci do trem na antiga Estação da Luz. Fui caminhando até a Rua dos Protestantes. De longe avistei o bar do Manél. Entrei, um homem gordo e com os cabelos compridos amarrados às costas estava nos fundos do bar.
_Ei colega, por favor... _Chamei. O homem virou-se de frente e qual não foi minha surpresa, era o Manél. Mais gordo, cabeludo e com o mesmo carisma de sempre.
_Tião, seu cachorrão discarado, onde cê tava meu?
_E aí mano véio, andou comendo o quê, fubá com fermento?
_Cê também mudou meu chapa, tá até com cabelo branco. _Rimos.
Era verdade, estava ficando velho. Apesar dos meus 32 anos minha aparência era de uns quarenta.
_Então Manél, quais são as novidades?
_Ah meu amigo, _Disse ele enquanto me servia uma vodca, _tenho tanta coisa pra te contá. _Dei um gole na vodca que ele me servira e quase engasguei quando ele disse:
_Tá sabendo que o hotel fechou?
_Quê? _olhei rápido para o outro lado da rua. No luga