Proposta indecente
Proposta indecente
Por: Mih Freitas
Capítulo 01

Cristine.

É manhã de domingo, ainda me sinto muito cansada de ontem, passei o dia entregando currículos em algumas empresas e trabalhei a noite toda. 

Aos sábados faço extra em um clube como balconista, passo a noite inteira em pé atendendo pessoas de todos os tipos. Alguns educados e outros nem tanto, mas a maioria são muito grossos.

Preciso ser muito paciente e simpática para ganhar algumas gorjetas.

Não posso fazer nada enquanto não conseguir um emprego decente.

Estava tranquila, em um sono profundo na minha confortável cama macia, quando sou interrompida pelo despertador e o mesmo me avisa que é meu aniversário. Desligo e volto a dormir. De repente o meu celular toca, olhei com preguiça e vi que era a minha vizinha e amiga Heloá.

— Bom dia amiga, feliz aniversário! Você está ficando velhinha.

— Obrigada — respondo, mesmo querendo sossego e sei que isso ela não vai me dar.

— Levanta esse bundão dessa cama amiga. Vamos curtir esse verão na praia.

— Áhhh não, hoje eu só quero dormir.— murmurei.

— Não me venha com desculpas Cristine!

— Áhhh, não estou a fim de sair de casa hoje — Ela diz imitando minha voz de uma forma engraçada.

Ela é sempre assim, não tem tempo ruim, mandona e só fala gritando.

— Olha da janela, já estou subindo as escadas, abra a porta.

— Você é uma caixinha de surpresas — disse para Heloá assim que ela entrou me abraçando. 

Ela ainda me trouxe presente. 

Em seguida, subi para um banho. Quem sou eu para recusar os convites da louca Heloá?

Embaixo do chuveiro, me pego a lembrar da minha mãe e fico triste, lembro de quando eu era uma criança muito feliz e não sabia. Nas manhãs

dos dias dos meus aniversários, minha mãe me acordava com um bolo e cantando parabéns, ela fazia do meu dia, o melhor de todos.

Impossível não chorar me lembrando dela.

Tomei meu banho o mais rápido possível, a louca da Heloá iria surtar, pois eu sempre demoro para sair de casa, ela estava na sala me aguardando.

Coloquei um vestido leve e florido, uma estampa com rosas vermelhas, usei também o biquíni novo que a Heloá me deu de presente.

Heloá ligou para Bianca e Matheus, combinou nossa noite na inauguração de um clube, enfim, estarão presentes, o dono do clube e os associados.

Heloá não perde uma, adora homens ricos, troca de namorados como troca de roupas, ela vive tentando arrumar um para mim. 

Eu, particularmente não quero esse lance de namorar, nunca namorei ninguém, tô fora desses homens querendo por as mãos em mim.

— Vamos Heloá?

— Até que enfim! — Disse Heloá resmungando e eu gargalhei. Admito que sou lerda.

Antes de entrar no carro, Heloá me pede para dirigir, não sou boa motorista, mas me viro. 

Colocamos uma música bem agitada  e seguimos nosso caminho, rindo, cantando e com a Heloá buzinando para os boys que passavam na rua.

Deixa eu falar um pouco sobre essa louca que tanto amo! 

Heloá foi a melhor coisa que me aconteceu, desde quando cheguei nessa cidade. Quando cheguei aqui, eu era muito deprimida, chorava quase todas as noites, pensando nas coisas ruins que já fizeram comigo.

Eu tinha crises de ansiedade, ninguém fazia uma ligação para saber como eu estava, se eu estava viva. 

Fazem anos que não ouço a voz do meu pai, ele me manda dinheiro através da conta da minha tia, isso me ajuda com as despesas, porém, recebo menos de um salário e não é suficiente.

Voltando a falar da Heloá, ela é tudo que tenho, lógico que tenho outros amigos, mas ela é uma irmã que não tive.

A conheci assim que cheguei na cidade, ela quem conseguiu uma casa para eu morar, me apresentou o Matheus e a Bianca. Depois começamos a ir para a faculdade juntas, pronto, já ficamos grudadas uma na outra. 

Depois que parei de pagar a faculdade, tive que trancar, agora Heloá está indo sozinha.

Estamos quase chegando na praia, não sou boa em baliza, mas tentei estacionar assim mesmo. Quando estava chegando no estacionamento, derrubei meu celular que estava encostado no parabrisa, abaixei para pegar o maldito e acabei pisando no freio sem querer. De repente ouço um barulho, uma forte pancada na traseira do carro, Heloá e eu gritamos. Aparece um homem alto e malhado batendo na janela do carro.Heloá, assim como eu, ficamos olhando aquele homem com uma cara de raiva, tipo, bem irritado mesmo! Então pensei. 'Fodeu´

Rodrigo Bennett.

Imaginem um homem, que vive para o trabalho e não tem tempo para nada. Prazer, esse sou eu. 

Sou empresário, dono de vários hotéis nas cidades mais visitadas do Brasil, incluindo os maiores e mais famosos clubes com festas e bares, meus clubes são completos, neles encontra-se de tudo, stripper, sinucas, cassinos e etc. São muito bem frequentados por turistas ricos. 

Atualmente, estou aqui na cidade de Blumenau, estou fazendo novos investimentos com outros sócios. Acredito que dará certo, pois tudo que eu quero, eu consigo ! 

Tenho um ponto fraco que se chama, mulheres. Não que eu me apegue, o problema é que não consigo ficar com uma só, sou viciado em sexo, acho que sou ninfomaníaco, sei lá. 

Nunca namorei mais que poucos meses com uma mulher. 

Algumas são interesseiras, outras são pegajosas. Não sou um homem de dar satisfação da minha vida para nenhuma mulher.

Não consigo me apaixonar. Amor? Desconheço essa palavra.

Estava muito apressado, para uma reunião com os outros empresários, sobre um novo investimento na cidade. De repente, um carro em minha frente freia do nada, bati meu carro que acabei de comprar.

— DROGA, QUE IDIOTA FARIA ISSO?

By: autora Michele 

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