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 Alana observou, em silêncio, o rapaz cinzento ser surrado, enquanto o outro parecia divertir-se. Havia um brilho divertido, vingativo nos olhos daquele que batia, e Alana sentiu todo o corpo gelar com o sorrisinho macabro que havia no canto dos lábios dele. Era aterrorizador, como se ele estivesse deliciando-se com a sensação de causar dor naquele pobre rapaz que já parecia não ter mais forças nem para gemer em dor.

  Ela deveria ir embora? Sim, deveria. Deveria enquanto ainda podia, enquanto não era descoberta, mas suas pernas não obedeciam. Parecia que havia congelado no lugar. Estava surpresa, estava em choque, e isso não ajudava a ter força, controle sob suas pernas. Sentia algo preso em sua garganta, talvez fosse o sapo que estava tendo que engolir para não gritar. Não era idiota para gritar! Seria o certo, claro, afinal, tinha que ajudar o rapaz que apanhava não? Seria o certo a se fazer. No entanto, ela sabia que sendo o mundo o que era

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