Mundo de ficçãoIniciar sessãoAlana Stewart havia acabado de se mudar para Amsterdã. Vida nova, amigos novos e colégio novo. A BHS era uma escola que apenas a Elite frequentava e sua vaga, assim como de suas amiga, havia ocupado a menor porcentagem direcionada apenas aos cotistas. Lutando contra a adaptação, ela vai conhecer Ian Norton, herdeiro das Empresas Norton, na qual tem o habito de arrancar suspiros e olhares pelos corredores luxuosos, mas ela jamais imaginaria que o menino rebelde e irresponsável tinha seus traumas e motivos.
Ler maisAlexa
Queria poder cavar uma cova bem funda e me enterrar viva, as tentativas falhas da minha mãe tentando bancar a senhora cupido para cima de mim estavam me sobrecarregando até o extremo. Eu não quero conhecer nenhum garoto, não quero sair para nenhum encontro as cegas, só quero continuar sonhando que um dia eu me casarei com o homem que partiu meu coração. Estupidez, burrice, mas o amor é composto por isso. Se eu soubesse que esse jantar seria uma armadilha para tentar me juntar com o Julian, eu teria pedido que o taxista parece e eu me jogasse da ponte. Eu odeio o Julian, não odiar, odiar. Mas eu não o suporto, e o problema está em mim, não nele. Eu quero alguém que eu não posso ter, mas ninguém sabe disso. Eu finjo odiar ele, desprezar, sentir repulsa só de escutar seu nome porém isso não é verdade. Queria que alguém olhasse no fundo dos meu olhos e me dissesse quem eu realmente sou, porquê eu desisti da realidade. Tudo por causa de um homem. — Tem razão ela é uma garota especial. Os dois juntos seriam o par perfeito! — Engasgo com o pedaço de carne e encaro minha mãe perplexa. Tusso dando leves batidas em meu peito, minha mente pensando em um milhão de formas de fazer minha mãe desistir de me arranjar um namorado. Minha família toda, incluindo os nossos convidados, Julian e sua mãe me encaram com expressões preocupadas. — Toma um pouco de água e tenta se acalmar. — Karol, minha irmã enche um copo para mim. — Tenta não causar uma cena. Por favor. — Sussurra como se já soubesse o que se passa em minha cabeça. — Não se preocupem, estou muito bem. Nunca estive melhor. — Abro meu melhor sorriso, escondendo todo meu descontentamento com toda essa situação. — Ainda bem que você está bem querida!— A mãe de Julian diz e seu filho suspira largando o ar que nem ele mesmo sabia estar segurando — Você é uma garota muito bonita e querida Alexa, e eu concordo plenamente com sua mãe. Você e o meu Julian formariam um belo casal. Eu não terminei a faculdade mesmo sabendo que somente faltava concluir a minha tese e defender porquê sou uma garota sem muitas ambições e não sabe o que quer da vida. Aos 16 me apaixonei pelo primo do cara que hoje é meu melhor amigo, fiquei me jogando para cima dele igual uma prostituta, tentei dar para ele no meu aniversário de 18 anos e ele me rejeitou. Tenho problemas sérios com algumas compulsões, entro em espirais depreciativos, estourei meu cartão de crédito uma vez em compras, se eu beber demais perco o controle, sou uma mentirosa, e as pessoas me acham insuportável. Tem certeza que ainda acha que eu sou querida e sirvo para seu filho. Queria poder dizer isso em voz alta, mas não, eu amava demais minha mãe e mesmo que isto estivesse se tornando em uma espécie de padrão repetitivo eu nunca mancharia a imagem dela. Ter uma filha como eu deve ser decepção demais para ela. Olho para as sobras de comida em meu prato me sentindo um lixo, na verdade eu me sinto assim na maioria das vezes, minha vida tem um vazio que eu não consigo explicar. Alison é casado e com filhos, Karol é casada e está esperando o segundo filho, e eu nunca trouxe orgulho para família. Mas se existe algo em que eu sou excepcionalmente astuta é em fingir que tudo está bem. — Com todo devido respeito, não acho que eu e o Julian sejamos um par perfeito. Não é Julian? — Chuto seu pé e lanço um olhar de aviso, suficientemente preciso para fazer ele receber a mensagem. — Imagina, vocês dois praticamente estudaram no mesmo jardim de infância e o Julian sempre foi apaixonado por você. — Karen sorri e passa a mão na cabeça de seu filho. Não surta. Não surta. Pelo menos não na frente dos convidados. Repito mentalmente respirando fundo e sou tirada do transe com um toque quente e suado em minha mão. Mas que porra. — Alexa... Eu realmente gosto de você. — Seus olhos brilham mesmo que ele esteja suando todo nervoso, o que só piorava a situação — Me de só uma chance e eu posso te fazer feliz. Eu gostaria que você fosse minha namo... Puxo minha mão rapidamente fazendo careta, antes que ele termine sua fala. Limpo minha mão com o pano de mesa tentando tirar a sensação de sua mão molhada na minha. Devo estar pagando pelos meus pecados. Karol, seu marido George e meu pai parecem estar se divertindo com a minha situação deplorável. — Se dependesse de mim, você e Alexa já estariam casados! — Aquelas palavras vindas diretamente da minha mãe foram a gota de água — Meu Deus como você é um fofo. — Eu estou noiva e vou me casar! — Minto descaradamente e o clima pesa em frações de segundos. Meu pai engasga e começa tossindo enquanto o resto olha para mim em choque. A resposta foi automática num minuto eu estava perdida e no outro inventei a maior das mentiras da minha vida. — Você o quê?! — Meu pai troveja e b**e suas mãos na mesa, seus olhos quase perdendo toda a cor e sua jugular saltando quase como se ele fosse ter um ataque cardíaco bem na minha frente — Eu te conheço garota isso não passa de uma mentira! — Você está grávida? — Minha mãe pergunta serena mas em seus olhos posso ver a minha morte eminente. — Alexa você não é mais criança para ficar mentindo. Vê se cresce e ganha responsabilidade. — Karol fala. — Eu vou me casar. Quer vocês queiram ou não. — Rebato com todos os dentes me mantendo firme, o que é um peido para quem já está cagada. — Nem namorado você tem. — Ela refuta e revira os olhos — E eu tenho que contar sobre toda minha vida pessoal para você? — Sou sua irmã mais velha, te conheço muito bem para saber que você está sempre fugindo das responsabilidades. — Você não é a mais velha. — Chega vocês duas. — Mamãe branda chamando nossa atenção. — Você está grávida! — diz como se fosse algo verídico. — Eu não estou grávida. — Então porquê inventar um noivado? — Eu não estou inventando nada, e a senhora deveria estar feliz que eu tô noiva. — Acho melhor nós irmos — Karen diz chamando a atenção de toda mesa — Me desculpa pelo constrangimento causado e meus parabéns pelo seu noivado Alexa. Minha mãe respira fundo e desvia seu olhar para sua amiga, carregando um brilho de constrangimento. — Eu quem devo um pedido de desculpas pelo comportamento da minha filha. — Dona Grace fala e se levanta acompanhando os passos de Karen. Observo enquanto todos se levantam num clima desconfortável sem saber o que dizer e me sinto obrigada a fazer o mesmo. — Não vou mentir fiquei um pouco chateado por você já estar comprometida, mas se ele te faz feliz isso já é o suficiente para mim. Ele é um homem de muita sorte por te ter, qualquer um seria. — Julian Ele diz me deixando sem palavras — Meus parabéns Alexa. Fico parada no meio da sala observando eles partirem, Julian é o homem ideal, é bonito, inteligente, educado, gosta de mim, fazia de tudo para me ver feliz mas eu simplesmente não conseguia olhar para ele é sentir o mesmo. Éramos incompatíveis. — De todas as mentiras que você já contou essa foi a melhor! — Karol diz me tirando do transe, abano a cabeça voltando a realidade e olho para os três me encarando de volta como se eu fosse uma criminosa. — Até parece que eu sou a última encalhada do universo. — Digo com sarcasmo tentando passar mas eles me impedem. — Alexa há última vez que você apareceu aqui com alguém foi com o Daniel e todos nós sabemos como isso acabou. — Daniel foi um deslize de caloura, então não enche meu saco Karol. — Está tudo bem querida, não precisa de sentir precionada. Sua mãe só está preocupada com você.... — Meu pai diz porém é cortado pela minha mãe aparecendo na sala com o semblante fechado — Jason .— Minha mãe o repreende — Para de dar corda á ela, se nós tivéssemos sido um pouco mais rigorosos quem sabe ela seria mas comportada igual a Karol. — Grace deixa ela espirar, sabemos que ele só está revoltada e logo vai esclarecer toda essa história de noivado até lá tente parar de colocar tanta pressão nela. — Não estou revoltada. — Falo — Não me surpreenderia se você aparecesse grávida e nem soubesse quem é o pai desse bebê. — Se a senhora me escutasse e parece de dar uma de cupido para cima de mim, nada disso estaria acontecendo. — Vai me culpar pela sua irresponsabilidade? — Eu não estou grávida, eu ainda nem se quer transei. A senhora está indo longe demais. — Então vê se toma um rumo na vida Alexa. Se você realmente está noiva, essa deve ser a coisa mais responsável que você faz em anos. Ela grita cuspindo as palavras que chicoteiam em minha pele, meus olhos ardem pelas lágrimas que ameaçam cair, respiro fundo ignorando a dor que queima em meu peito e sorrio. — Parabéns dona Grace você vai ter um genro. — Digo olhando bem no fundo dos olhos dela e ninguém se atreve a dizer nada. — Alexa espera... — Seus olhos vacilam e eu aceno a cabeça e toco em seu ombro. — Não se preocupa mamãe. Eu não vou mais decepcionar a senhora. — Deixo um beijo em sua bochecha mesmo que suas palavras ainda doam. Passo por ela não dando tempo a nenhum deles de falarem pego minha bolsa e saio caminhando de cabeça erguida. Eu não serei mais comparada a minha irmã, vou mostrar que eu sou digna de viver sem a sombra da filha perfeita, mesmo que tenha que ser a base de mentiras. E só há uma pessoa capaz de me ajudar.O refeitório como sempre estava cheio de estudantes, todos divididos em seus grupos, suas panelinhas de amigos, separados basicamente por suas classes sociais, do que por qualquer outra coisa, como gosto por exemplo.Naquele dia, porém, havia algo de diferente do costume. Lisandra. A garota sempre muito animada, sempre falante com todos e sobre tudo estava completamente quieta, sentada em uma cadeira com os braços cruzados sob a mesa e a cabeça pousando nos mesmos. Cassandra que ria das palhaçadas de Lion Trozen, observou a amiga sentada e suspirou. Deixou Lee entreter – ou seria irritar? – Nathan e foi ter com Lisandra, sentando-se ao seu lado.— Então, quando vai me contar o que aconteceu? — perguntou a rosada, olhando para a amiga com um sorriso. Lisandra suspirou, desviando os olhos da mesa da Trindade e focando-se em Cassandra.&mdas
Seus olhos observam o céu sem grande atenção, na verdade a atenção era quase nula. Estava aérea, sua mente estava. Estava completamente longe dali, estava mergulhada no próprio mar de preocupações e tristeza.— Então, quando você vai me contar o que está acontecendo? — a voz lhe era familiar, muito mesmo, mas Alana não reconheceu de fato o dono até olhar-lo. Sorriu fracamente.— Olá, Simon. — cumprimentou-o sem muita animação, mas com um sorriso amigável.O moreno abriu-lhe um sorriso branco, cheio de dentes, como sempre muito animado. Ele puxou uma cadeira e sentou-se ao lado da Steawart que não fez menção de contestá-lo por mais que desejasse ficar só.— Como me encontrou aqui? — questionou ela
Caminhava com passos lentos, quase cautelosos pelo corredor. Os livros segurados com força contra o peito, os olhos baixos, fixos nos próprios pés, e o pensamento longe. Não acreditava que já era segunda; o final de semana havia passado tão rápido. Suspirou. Tão rápido e tão cheio de dúvidas e preocupações; idênticas as que dominavam seus pensamentos naquele momento.Não conseguia parar de pensar em toda aquela situação e em Eva. Como estaria a irmã naquele momento? Estaria bem com a senhora Loren? Estaria chorando como havia feito em praticamente todo o final de semana?Alana mordeu o lábio inferior com força, chegando quase a tirar um filete de sangue dali. O coração palpitava rápido, forte a cada instante em seu peito. Eram tantas as preocupa&c
— Au. — Ian reclamou ao sentir o gelo pressionado em suas costelas com força. — Qual o problema de vocês? Não sabem ser delicadas não?Lisandra rolou os olhos para ele.— Cala a boca. — resmungou a Sheroman, os olhos fixos no corredor em que Alana havia desaparecido de seu campo de visão já a bons minutos com a irmã caçula. — O que será que estão conversando?— Quem se importa? — David deu de ombros. Lisandra, Cassandra e Ian o encararam. As garotas com olhos ferozes, e Ian apenas com os olhos estreitos. — O que foi? Ela não significa nada para mim mesmo, não somos próximos. — se justificou o Deeper.— E desde quando isso é motivo pra ser um insensível de merda? — Cassandra perguntou com raiva, ainda andando de um l
Talvez fosse um pesadelo. Era o que ela desejava pelo menos. Um pesadelo; pois por pior que fosse, ela acordaria no final. Mas não era. E ainda que não quisesse crer, ela sabia disso.“Papai foi embora.” – as palavras da irmã caçula se repetiram em seu sua cabeça.“Como pode, pai?” – foi a resposta que a mente de Alana produziu, mas que não lhe escapou pelos lábios.Nenhuma palavra. Nenhuma lágrima. Ela não conseguia fazer nada que não fosse abraçar a irmã que chorava em seus braços, e sentir o calor de Ian em suas costas; ele a mantinha a pé, estava servindo de apoio a ela, assim como ela estava servindo de apoio a irmã.— O que vamos fazer? — a menina perguntou ainda com os olhos banhados por lágrimas gros
— Sem empregadas. — Ian torceu os lábios. — Sem frigobar...— Me sinto claustrofóbica nesse cubículo.— Lisandra! — Cassandra repreendeu. — Até você? — A Sheroman riu.— Mas é verdade, amiga! Eu não conseguiria viver uma hora aqui, não sei como vocês conseguem.— Bom, nem todos são podres de ricos como vocês. Nem todos podem morar em mansões, ter carros super potentes ou essas coisas. — disse Alana, voltando da cozinha com gelo enrolado num pano de prato.— Verdade. — os três membros da Trindade disseram juntos, orgulhosos; fazendo Lisandra rir enquanto as outras duas reviravam os olhos.Com exceção de David e Vincent, todos trocaram sorrisos levemente diver
Último capítulo