A Verdade (PARTE II)

Hoje é sábado estou todo dolorido o que me dá um pouco de força é que segunda já vou ver minha linda. Resolvo ir para a rua dar uma volta, apesar de tudo meu pai está em casa, agora a polícia não pode prender ele porque tem que ser em flagrante e eles perderam esse momento quando me prenderam por engano.

Dando uma volta encontro os meninos que estudavam comigo na escola do bairro, me sento com eles para explicar o que aconteceu, afinal todo bairro estava sabendo por alto. Eles estão bebendo, resolvo beber uns goles tbm.

Comecei a beber com eles eram umas 11:00 da manhã, quando dei por mim já havia escurecido eles estavam me chamando para ir para as barraquinhas da praça, estava tão bêbado que resolvi ir.

Já eram umas 22:00 da noite quando me deu um lapso de lucidez, eu olho e tem uma menina agarrada em mim, me chamando de amor, tentando me beijar, me afasto e ela me puxa novamente.

- Amor, o que foi?

- Quem é você?

- Thierry para com isso...

Seguro o pulso dela, me afasto mais um vez e vou embora para a minha casa, custo chegar em casa de tão bêbado, custo colocar a chave no portão para abrir, enfim consigo e entro está tudo escuro, mas consigo chegar no meu quarto.

Deito-me na cama e capoto.

Domingo acordo numa ressaca, parece que minha cabeça vai explodir, custo me levantar, vou na cozinha e pego um analgésico e tomo. Resolvo tomar um banho para ver se eu melhoro um pouco, ao entrar no banheiro e deixar a água cair na minha cabeça, fecho os olhos e começa a vir tudo em minha mente, a prisão, a surra que meu pai me deu, a bebedeira as barraquinhas, mais bebedeira, a loira, meu Deus, eu a beijei... Jenny...

Pego meu celular, penso em falar com um dos meninos, para saber quem é a quela garota e o que eu fiz, só que tem uma chamada feita para um contato salvo como "Amor da minha vida" ligação feita as 21:30. Verifico as mensagens e tem um monte de mensagem desse contato para mim, olho a foto do contato e reconheço, é a menina que estava agarrada em mim ontem, me esforço para me lembrar de algo, mais é em vão.

- Thierry o que aconteceu? O que você fez? Seu idiota.

Não adianta eu ... não lembro de quase nada, nesse mesmo instante o tal "amor da minha vida" manda mais uma mensagem.

“Oi, meu amor, bom dia, você está melhor? Ansiosa para te ver amanhã. Não esquece o que me prometeu hein"?

Largo o celular, fico desnorteado, mais penso em tentar descobrir o que prometi para ela e quem é ela, afinal fiz a mer** de ficar com ela, mas é só isso, uma ficada de festa.

"Quem e você"? - Já envio a mensagem de forma curta e grossa, para que ela entenda que não quero assunto.

"Não acredito que esqueceu de mim, Thierry, sou sua namorada, não faz isso comigo". - Ela me responde.

"Olha, me desculpa, ontem eu estava bêbado, mais nem seu nome eu sei e eu já tenho namorada, o nome dela é Jennifer". - Já falo logo que tenho namorada, errei sim, mais não quero perder a Jenny.

"Meu amor eu sei, estudamos na mesma escola. Mais você me disse que ela não ia querer mais nada com você porque você foi preso e me também, disse não, me prometeu que iria terminar com ela amanhã e iria ficar comigo oficialmente".

Quando leio aquilo, sinto como se o chão se abrisse aos meus pés, que merda ela estuda na mesma escola.

"Olha me desculpa, como eu disse eu estava bêbado ontem, mas não vai ser assim não. Me esquece está bem? Esquece o que aconteceu, porque eu vou esquecer".

Coloco o celular de lado, me sento na cama.

- MERDA O que eu fiz?

"A Jenny não vai me perdoar". Essa é a única coisa que fica em meu pensamento.

- BURRO, BURRO. - Nem percebo que estou gritando comigo mesmo.

Minha mãe entra no quarto.

- O que foi meu filho? - Ela me olha e pergunta preocupada, afinal eu estava gritando e me dando t***s no meu rosto.

- Mãe, eu... eu estraguei tudo. - Eu me sento na cama e começo a chorar. Ela se senta ao meu lado e me abraça.

- Calma filho, me conta o que aconteceu, talvez eu possa te ajudar.

Olho para ela, respiro fundo e conto tudo para ela, ela me fala para conversar com a Jenny primeiro. E já excluir esse contato dessa garota do meu celular e apagar as mensagens.

Faço tudo que minha mãe me disse e espero ansioso pela segunda-feira, não vou entrar no horário porque preciso passar na delegacia primeiro, ligo para o Rapha para ele achar a Jenny antes da aula pra eu falar com ela pelo telefone, pedindo pra ela me encontrar no intervalo no nosso cantinho.

O domingo parece estar passando em câmera lenta.

****** Enfim segunda-feira ******

Me levanto cedo, tomo banho e me arrumo.

Vou na delegacia, saindo de lá ligo para o Rapha falo com a minha linda, começo a ter esperança de novo, pelo jeito ela já sabe da prisão, me ajuda aí Deus, não quero perder ela.

Converso com ela, não sei como ela descobriu da garota antes que eu pudesse contar, agora ela não confia em mim mais.

- O que eu vou fazer agora? eu preciso dela.

Desabo no chão e começo a chorar, Peter se aproxima de mim.

- Ei cara o que aconteceu? A Jenny disse que não quer saber de você, o que você fez com ela? - Ele diz pra mim.

Explico para ele tudo o que aconteceu

- Você é um merda mesmo E agora? o que você vai fazer? - Ao ouvir Peter dizer isso cai minha ficha que perdi ela.

- Vou perder ela, porque sou burro, um MERDA mesmo.

Resolvo ir para casa, não vim para assistir aula mesmo, só que os meninos me convencem a ficar para que eu tente falar com ela no final da aula. Eu fico ali esperando o final da aula.

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