Viviane estava internamente radiante, mas superficialmente fingiu indiferença:
- Por causa de Dario, eu te perdoo.
Vitória se endireitou e olhou para Dario:
- Posso ir agora?
Ela não queria ficar ali nem por mais um segundo.
Ela apanhou o acordo de divórcio do chão e o entregou a ele, desta vez com uma resolução particularmente firme.
Dario examinou o documento e franziu a testa inconscientemente, surpreso por ela ter assinado tão prontamente.
Antes, ela sempre recorria à avó para resolver essas questões.
Ele havia planejado como convencer a avó, mas agora isso se tornou desnecessário.
No fundo, Dario se sentiu desconfortavelmente perturbado.
Ele notou a mala no chão.
“Ela estava se preparando para ir embora?”
Dario ergueu os olhos:
- Você encontrou um lugar para morar?
- Não.
Vitória respondeu instintivamente e depois olhou para ele surpresa.
“Dario estava preocupado com ela agora?”
Dario rapidamente desviou o olhar:
- Vá pegar gelo para Viviane aplicar. Ela torceu o tornozelo por sua causa, você realmente quer ir embora assim?
Era por Viviane, afinal.
Por um instante, Vitória pensou que Dario se preocupava com ela.
Três anos de casamento e ela não valia nem um fio de cabelo de uma amante.
Vitória deixou o quarto com passos firmes, a amante dormindo descaradamente na cama conjugal, e ela ainda tinha que levar gelo para a amante.
“Vitória, por que é tão submissa?”
Quando ela descia as escadas, tropeçou por acidente e instintivamente estendeu a mão, agarrando apenas o vaso de planta mais próximo, rolando escada abaixo com o vaso.
Nesse momento, alguém segurou sua mão.
Vitória olhou atônita para Dario, era ele quem a salvava!
O homem a puxou com força, sua cabeça batendo em seu peito, seu rosto junto ao coração dele, ouvindo claramente o batimento cardíaco forte.
Vitória recuou em pânico, tentando aumentar a distância entre eles.
Então ela sentiu seu corpo ser aliviado, alguém a segurava pela cintura e a carregava escada abaixo, seu rosto pressionado firmemente contra seu peito, envolvida instantaneamente pelo aroma masculino maduro.
Quando foi colocada no chão, a temperatura de seu rosto aumentou consideravelmente.
Embora estivessem casados há três anos, nunca tiveram contato físico, exceto pelo incidente de sexo inesperado do mês passado.
A voz fria do homem ecoou acima dela:
- Preste atenção por onde anda para não cair e ficar tonta.
Vitória apertou os lábios, seu humor gradualmente se acalmou ao ver o vaso quebrado na escada, a terra espalhada por todos os lados:
- Vou limpar isso agora.
- Deixe a empregada fazer isso. Você não tem mais o que fazer?
Dario franziu a testa ainda mais.
Ele não contratava tantas empregadas sem motivo.
Foi então que Vitória se lembrou do que tinha descido para fazer: “pegar gelo para Viviane”.
Um olhar de autoescárnio passou por seus olhos enquanto ela levantou a cabeça e notou a camisa dele manchada de terra, provavelmente de quando a salvou mais cedo.
Esse homem tinha uma obsessão por limpeza, certamente não suportaria isso.
Ela ia avisá-lo, mas ele já estava subindo as escadas rapidamente, indo em direção ao quarto principal.
Ele estava tão preocupado com Viviane que nem mesmo se importava com a terra em sua roupa.
Vitória suspirou profundamente, subiu as escadas com o gelo, abriu a porta, mas não viu Dario.
“Onde estaria ele?”
Viviane estava encostada na cabeceira da cama, seus lábios vermelhos curvados em um sorriso:
- Coloque o gelo ali e saia. Você realmente quer ficar aqui me servindo? Ou talvez você queira assistir a mim e Dario fazendo amor, não nos vemos há três anos.
Viviane falava sem pudor!
Foi então que Vitória ouviu o som da água vindo do banheiro.
Dario estava tomando banho!
Seu rosto ficou pálido!
Eles acabaram de se divorciar e ele já estava com tanta pressa de ter relações sexuais...