Algumas horas antes.
O caos se instalou na Dentes de Prata como uma praga.
O pátio que minutos antes ainda cheirava a fumaça e magia agora era atravessado por gritos, ordens desencontradas e passos apressados. Lobos corriam em todas as direções, alguns ainda feridos, outros em choque, mas um grupo específico avançava como se o mundo estivesse acabando.
Melia.
O corpo da Luna era carregado às pressas, envolto em mantas ensanguentadas. Ela estava inconsciente, o rosto pálido demais, os lábios azulados, o cheiro de sangue forte demais para ser ignorado.
— Mais rápido! — alguém gritou.
Killer corria ao lado da maca, em forma humana, as mãos manchadas de vermelho, os olhos vermelhos demais, selvagens demais. Ele não sentia o chão sob os pés, não ouvia mais nada além do próprio coração batendo como um tambor de guerra dentro do peito.
— Ela não vai morrer — repetia, como um mantra. — Ela não vai morrer… Nem ela, nem meu filho…
Quando atravessaram as portas do hospital da alcateia, as enferm