Maya
Na entrada, um homem e uma mulher nos recepcionavam. Entreguei para ele meu convite e entrei. Logo no hall, encarei a quantidade absurda de pessoas naquele lugar que se cumprimentavam. Minhas mãos apertaram a pequena bolsa que eu segurava e meus pés deram um passo para trás, fazendo com que meu corpo colidisse contra o de outra pessoa.
— Me desculpe — pedi, sem olhá-la, virando-me depressa para sair dali.
Mas antes que eu pudesse alcançar a porta, uma mão agarrou meu braço firmemente, fazendo-me assustar.
— Você veio! — disse Aurora, com entusiasmo.
— Feliz aniversário. — Forcei um sorriso e abracei-a rapidamente.
Ela agradeceu.
— Estava tentando escapar? — Um pequeno sorriso marcava o cantinho dos seus lábios pintados de rosa.
— Não?! — disse incerta, fazendo-a rir.
— Confesso que tive um pouco de medo de que você nem viesse. Vem. Ferdinando está logo ali. Não vou deixá-la ir embora.
Ela enlaçou o braço no meu e nós caminhamos em direção ao seu marido, que conversava com outras