Muralha
Amanda me encarou por alguns segundos, enquanto escutava o outro lado da linha. Arquiei a sobrancelha, encarando sem entender, quando analisei seu rosto com algumas lágrimas percebi que era o médico. Na moral? Fiquei logo estranho com ela chorando sem saber o que era, uma parada estranha na mente.
Ela segurou o celular em mãos e veio rapidamente na minha direção, seu corpo nú me abraçou. Ajeitei minha posição, levando minha mão no seu cabelo.
— Qual foi?— murmurei, sentindo seu rosto no meu peito.
Amanda: O tumor — suspirou, limpando o rosto, passei meu olhar até seu rosto que já estava vermelho e seus cílios molhados.
— O que houve, pô?— murmurei, tentando decifrar. Minha respiração pesou.
Amanda: Tinha piorado muito...— deslizei minha mão em seu rosto, desviando nossos olhares. Fiquei sério em seguida.
— Você piorou?— sussurrei.
Amanda: Tinha piorado, mas... nesse exame agora meu corpo reagiu perfeitamente bem, eu... o médico disse que ficarei curada — voltei a encará-la; pe