Clara
O vento forte bate na janela e eu o escuto com atenção, ele pode ser tão suave quando quer, mas essa noite está barulhento. Penso em tudo o que aconteceu e toda vez que vejo onde estou sinto-me nervosa.
Eu o imagino lá fora esperando o momento certo para se aproximar e tento descobrir como estarei pronta para isso, viro para o lado oposto da janela tentando conciliar o sono, mas não consigo ao olhar a hora percebo que já são 02h45min da manhã, penso que ficarei cansada o dia todo e não posso deixar isso acontecer. Coloco o celular em cima da mesa de cabeceira e escuto ele vibrar quando o pego vejo que tem uma mensagem do Bernardo.Clarinha, você já dormiu?
Tento me lembrar de quando que aprovei esse apelido, mas não me recordo. Acho engraçado a forma que ele me chama e não deixo de sorrir, mas respondo prontamente.
Oi Be, ainda não. Engraçado né?
Coloco o telefone de lado e imagino que ele não me mandará ma