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São três segundos que eu conto. Três segundos de Elisa me encarando e eu conseguindo ver as engrenagens de sua cabecinha girando enquanto ela processa a notícia que acabo de dar para ela. E três segundos depois ela começa a gritar de alegria, como uma sirene.
Ela grita alto como se aquilo fosse um combustível para começar a ficar ainda mais rápida e agitada,e como um raio, ela pula da cama de uma forma muito desajeitada, e sai correndo porta afora em direção ao quarto do lado.
Hélio está prestes a ser acordado por um despertador muito agitado.
Enquanto isso, eu aproveito esses minutos para tomar um banho de água fria em uma tentativa de espantar todo o sono que ainda estava sentindo me consumir aos poucos..
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Quando eu saio do banheiro, já estou vestida, quarto ainda está vazio -a pesar de eu conseguir ouvir vozes vindo da porta aberta do quarto, muito animadas. E o grande buquê monstruoso de margaridas ainda está ali encostado na parede e me encarando.
Eu decidi ir até ele.