-Não tem mesmo nenhuma forma de te impedir dessa ideia não é? Eu ainda posso tentar te sequestrar, sabia?
Nao rio com a sua piada, mas me afasto de seu abraço.
-Não, sem sequestro. É assim que as coisas tem que ser.
-Tudo bem. Mas se você não voltar eu vou ter que arrombar aquele lugar, e não vai ser nada heróico, mas mesmo assim eu vou fazer.
Agora sim, não consigo conter um pequeno sorriso.
-Então fica combinado. Sem invadir lugares. Nós vamos ficar bem.
E eu abraço ele mais uma vez. Dessa vez forte e aquecido.
-Vamos mamãe? - Elisa aparece na porta que divide os cômodos e eu me viro pra ela, estendendo minha mão.
-Claro! Vamos.
-Tchau tio Hélio! -Ela acena e ele acena de volta.
-Tchau baixinha - Sua voz é meio chorosa e carregada de emoção, mas Elisa não parece perceber.
Ao meu lado, Elisa cantarolava baixinho e enquanto uma de suas mãos segurava a alça da mochilinha e a outra segurava minha mão. Suas Marias-chiquinhas tradicionais também balançavam a cada passo que ela dav