Ele é meu amigo

Naquela noite mal dormi de tanta ansiedade. Sabia que em breve Cadu receberia a carta. E havia tantos riscos: de ele mostrar para todos os amigos, de não mostrar para ninguém, de sequer abrir, de ler e não dar importância... Enquanto eu não falasse com Nicolas eu ficaria nervosa.

Naquela noite comecei a insistir com minha mãe para ela me dar um celular. Era caro, mas eu queria muito. Dentre nós só Alissa tinha. Mas ficava geralmente na casa dela, pois a mãe dela tinha medo que roubassem. Mas eu acreditava num dia onde todos poderiam ter um celular... E mandar mensagens de texto a qualquer hora, por um preço justo.

Dona Olga disse que havia possibilidade de eu ter meu próprio telefone sim... Desde que eu pegasse mais leve com Otto. Dei de ombros: por que eu queria mesmo um celular?

No dia seguinte, contei à Alissa e Val sobre a carta. Elas? Chamaram-me de louca, burra e tantas outr

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