Capítulo 7
Faço uma refeição de quatro pratos com salada Caesar, aperitivos de camarão enrolados em bacon, bife Wellington com couve de Bruxelas refogada no prato principal e uma torta de limão na sobremesa. Também fiz bruschetta, crostinis, bolinhos de tomate, mini calzones, bandejas de vegetais variados com molho e trufas de chocolate para servir para a festa. Terminei as sobremesas e as bandejas vegetarianas entre o café da manhã e o almoço, então havia menos com que me preocupar agora.

Percebi que o conselho de Lex sobre ser feliz cozinhando me ajudou a gostar de fazer esse jantar, talvez seja porque eu estou fazendo comidas diferentes para pessoas que não são da minha alcateia, ao invés de das coisas comuns que costumo fazer? De qualquer não me importei em trabalhar hoje, senti orgulho do que fiz.

Tinham garçons para servir o jantar, já que era um evento formal, eu fiquei na cozinha e garanti que todos os pratos saíssem de lá em perfeitas condições. Estou na zona, como eles dizem.

Espreito da cozinha depois que cada prato é servido, as pessoas parecem estar gostando da comida, o que é um alívio. Noto Alfa Graham ficando muito bêbado, Luna Caroline fica tirando todos os copos de perto deles, mas ele continua ordenando aos ômegas que lhe tragam mais bebida. A sala de jantar está lotada, então eu não consigo ver o Alfa Bronx Manson melhor. Beta Lenora me vê espiando da cozinha, pisca para mim e faz joinha, eu sorrio e aceno de leve antes de entrar novamente.

Ajudei os garçons a levar as comidas da festa para as mesas nas extremidades do salão de festa e me certifico de que os bares nos cantos estejam inteiramente abastecidos. O DJ está terminando de instalar tudo e luzes coloridas iluminam o chão, balões de festa serpentinas estão penduradas por todos os cantos. Os primeiros convidados começam a chegar o que é minha deixa para sair pela porta dos fundos.

Felizmente os garçons vão limpar a louça do jantar está noite, o que me dá tempo extra para reabastecer as despensas. Subo as escadas do depósito com o carrinho, enquanto cantarolo baixinho, sentindo um estranho sentimento de paz.

“Você está de bom humor.” Lex diz

“Acho que sim, mas não tenho certeza do porquê. Minhas costas e meus pés ainda estão me matando.”

“Bem, estou feliz que esteja feliz. Essa versão de você é bem legal.”

“Obrigada, Lex. Você também não está de todo mal.”

Eu termino de reabastecer os quartos dos membros da elite no terceiro e quarto andar, então vou para o segundo andar, onde estão as suítes dos hóspedes. Os faxineiros já limparam os banheiros e os quarto, eu só preciso reabastecer os produtos de higiene, a despensa e as refrigeradores.

Eu rapidamente termino os quartos e lembro de colocar mais garrafas de San Pellegrino no quarto da Beta, além de flores novas e deixo um pequeno cartão com uma carinha sorrindo no balcão da cozinha.

Já é quase meia noite agora, todos ainda estão no salão de festas, eu fecho a porta da suíte da Beta e vou para a do Alfa, é o último quarto a esquerda. Sei que ele ainda deve estar na festa, mas bato na porta em todo caso, ponho a orelha na porta e não ouço nenhuma resposta, não tenho certeza se ele já esteve na suíte, mas preciso checar se precisa ser reabastecida. Passo o cartão chave e a porta abre. Ouço passos no fundo do corredor.

“Ei, você! O que está fazendo aí?” Uma voz rouca chama do corredor.

Eu presumo que seja um segurança, então respondo que faço parte da equipe de camareiras, quer dizer, eu tenho um carrinho gigante cheio de petiscos e bebidas, além disso eu tenho apenas um metro e cinquenta e dois de altura e não peso nem quarenta quilos, não sei que tipo de ameaça esse cara acha que eu posso ser.

Eu olho para cima sob meu boné para os dois seguranças que caminham rápido em minha direção, um deles é muito mais alto que o outro e eu percebo que ele está vestido muito bem para um segurança. Na verdade, ele é o lobisomem mais bonito que eu já vi, ele provavelmente tem quase dois metros de altura, aproximadamente cem quilos de puro músculos e ombros largos. Ele tem tatuagens cobrindo seu pescoço e as costas da mãos, seu cabelo preto penteado para trás e sua pele tom de oliva fazia seu olho verde parecer da cor de maçãs verdes. Seu outro olho estava coberto por um tapa-olho e o cheiro de café e chocolate preencheu o ar. Eu estava congelada no lugar. Devagar levanto o boné dos olhos apenas o suficiente para olhá-lo melhor.

Lex se agita selvagemente dentro da minha cabeça enquanto ele passa pelo guarda. “É ele! É ele!”

Eu e ele dizemos ao mesmo tempo. “Par.”

Ele avança até mim e me empurra rudemente contra a porta rosnando baixo, acho que ele não percebe o quão leve eu sou, então eu bato um pouco forte demais contra a madeira. Ele põe as duas mãos na porta ao lado dos meus ombros, me impedindo de escapar, coloca o nariz contra o meu pescoço e inala profundamente. Meu coração está pulando dentro do peito, me sinto oprimida e o pânico começa a tomar conta de mim. Ele deve sentir que eu sou fraca, ele vai me matar antes que o Alfa dele tenha a chance de fazer isso. Merda.

“Alfa Bronx, essa ômega está tentando roubar alguma coisa?” O guarda pergunta enquanto se aproxima.

“SE AFASTE!” Ele rosna para o guarda mostrando suas presas, o guarda congela no lugar.

“Alfa?” O guarda diz confuso.

Alfa? Espera, o que? Alfa. Isso não pode estar certo.

“MINHA!” Alfa Bronx ruge.

Minhas costas começas a ficar molhadas. Oh droga, eu estou sangrando muito agora, quando ele me empurrou contra a porta abriu a maioria das feridas que ainda não tinham sarado, agora que a adrenalina abaixou minhas costas estavam começando a doer. A porta atras de mim parecia escorregadia. Tento não choramingar, não quero mostrar que sou fraca, não quero que ele me mate agora que acabei de encontrá-lo, a quem estou tentando enganar, com certeza ele percebeu que sou uma covarde.

“Kas, eu não consigo curá-la rápido o suficiente. Aguente firme! As cicatrizes tornam a cura mais difícil, estou tentando, mas me sinto fraca! Nós estamos perdendo muito sangue.” Lex sussurra parecendo distante.

Pelo ombro do Alfa Bronx vejo Luna Caroline e Alfa Graham correndo pelo corredor, bem Alfa Graham está cambaleando mais que correndo. Beta Tate e os Betas Milo e Lenora estão bem atras dele. Minha cabeça começa a girar e me sinto tonta e com náusea.

“Kas, o que você fez? Sua criança insolente!” Luna Caroline grita, mas sua voz parece distante, mesmo que ela esteja bem na minha frente.

Ela estende a mão para me bater, mas Alfa Bronx rosa e agarra seu pelo pulso no ar. Alfa Graham rosna de volta para ele. Me sinto no limite, minha visão se tornando turva e meus joelhos parecem gelatinas.

E se eu estiver sonhando. Não consigo ouvir mais ninguém, mesmo que eles estejam gritando, eles parecem estar de movendo em câmera lenta.

Alfa Graham bêbado puxa o braço de Luna Caroline soltando-a Alfa Bronx, que ainda está rosnando para eles. O segurança está tentando separá-los, o Beta Tate tenta puxar o Alfa Graham de volta enquanto os alfas Milo e Lorena ficam em guarda perto de Alfa Bronx. Sam surge atras de Alfa Graham quando ele puxa Luna Caroline e ela grita de dor, Sam a puxa para ele e da um soco em Alfa Graham o mais forte que consegue.

O cheiro metálico de sangue começa a se espalhar no ar. Eu estou inteira tremendo, não sei dizer se de medo ou pela perda de sangue. Não consigo mais sentir Elexis. Olho em volta para ver se mais alguém está sentindo o cheiro, mas eles estão brigando entre eles. Olho para baixo e percebo que o sangue está escorrendo pelas minhas perna e pela porta, pingando no chão em grandes gotas, tem sangue no meu cabelo onde eu bati na porta, eu agarro o antebraço de Alfa Bronx, ele me olha e arregala os olhos.

“Socorro.” eu sussurro, sinto quando escorrego pela porta e tudo fica preto antes de eu atingir o chão.

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