286. A PROPOSTA, CONTINUAÇÃO
HORACIO:
Percebo que ela está realmente assustada; consigo ouvir seu coração acelerado. Então, vou até ela e pego em suas mãos.
— Se preferir, posso recriá-lo aqui — sugiro imediatamente.
—Tem certeza de que é bem aqui?—, ela pergunta, curiosa.
—Claro, meu amor, podemos ir andando—, digo, apontando rapidamente para a entrada da outra caverna. Para minha alegria, ela acena com a cabeça. —Está bem, me dê a sua mão.
Aperto a mão dela e caminhamos em silêncio até uma entrada com um arco de flores. Paro e peço que ela feche os olhos e não os abra até que eu diga. Juli obedece, apertando minha mão com receio. Damos alguns passos até que eu paro e solto sua mão.
— Pode abri-los agora, querida — sussurrei ao lado dela.
Julieta faz isso e fica sem palavras. Estamos parados diretamente sob um feixe de luz que entra por uma abertura no teto da caverna, dentro de uma bolha de água. Ao nosso redor, tudo está repleto de plantas floridas com flores brancas, de todos os tipos, conhecidos e desconheci