DAVID
— Preparada para conhecer o Senhor Octávio Bragança? — Pergunto, percebendo seu olhar curioso depois das falas da minha mãe.
— Otávio? O nome dele não deveria ser outro? — Questiona e fico confuso.
— Deveria?
— Bom, sua mãe usou a termologia "filho", então deduzi que ele teria o mesmo nome que o seu. — Esclarece e rio, achando bonitinho a maneira como ela torce o nariz e contrai os lábios durante sua explicação.
— Minha progenitora é louca, podemos tomar de exemplo o fato dela ainda querer controlar a vida do filho de quase quarenta anos. — Brinco, mas falando sério, e ela sorrir, colocando uma mecha solto do cabelo para trás da orelha.
— Permita-me. — Peço, fazendo o que ela acabou de fazer com outra mecha solta.
— Obrigado.
— Foi um prazer. — ofereço-lhe meu braço e ela passa a mão por ele. Nós caminhamos em perfeita sincronia pelo salão de festas, descemos as escadas que dão para o jardim sem nenhum insulto ou agressão física, eu a apresento para o meu pai como a garota