Carter
Depois que voltei do hospital, me tranquei dentro do quarto, nem jantar eu quis, preferi ficar sozinho, o que o médico me disse não saia da cabeça, agora era esperar o diagnóstico. Eu nunca gostei de hospital, sempre me mantive longe, mesmo com as dores sendo forte, me entupia de remédio para não ter que ir aquele lugar.
Uma batida na porta chama a minha atenção.
— Pode entrar.
— Senhor Carte, o senhor Hernandes pediu que fosse até o seu escritório.
— Ele disse para quê?
— Não, senhor.
— Está bem, obrigado.
— Por nada, senhor — antes que ela saia, eu peço.
— Fale Nina, onde está Camilly?
— Em seu quarto.
— Ela já jantou?
— Não, disse que está sem fome, assim como o senhor.
— Entendi, pode ir.
Ela não fez o mesmo que fez com o Hernandes, não veio me ver para saber se estou bem ou não, isso só prova que me odeia, que com certeza rezou para que eu morresse. A única pessoa que se importa comigo de verdade é o Hernandes, que mesmo numa cadeira de rodas, não me deixou sozinho no hosp