ANTÔNIA
Eu tentei me manter como uma dama fria e educada, mas o sangue me sobe no rosto, eu sou latina e baiana, não tem jeito de eu ser diferente, comigo a porrada canta, jogo capoeira desde que me dou por crescida, antes que ela começasse a pensar a limpar a porra de sua bunda sozinha, essa ordinária pediu por isso.
Encosto a filha da puta na parede e pego-a pelo queixo, para que me encare.
— Escute aqui, sua vaca! Hafiq é e sempre será meu. Não tenta tomar o que é meu senão eu faço uma marca bonitinha nessa sua cara ordinária.
Ela não se dá por vencida e eu só sinto o cuspe atingir o meu rosto em uma velocidade supersônica, e a mal fodida da Jamilah fala mais alto.
— Vagabunda.
Não vou deixar essa passar de graça e só pra ela ver que eu não estou de brincadeira, dou- lhe dois tapas na cara tão estalados que deixaram a marca do meu anel em sua bochecha.
Ela sai pelo corredor com os olhos arregalados, segurando