Anusha me tira dos meus pensamentos e se levanta, jogando cinquenta Riyal Qatari na mesa da cafeteria que paramos para lanchar e reclama como sempre.
— Vamos, rápido! Você e Jamal parecem duas lesmas, ainda temos que comprar uma roupa pra você para a festa de hoje, antes que você ponha esses peitos para fora com os decotes que você teima em usar.
Eu sussurro pra Jamal.
— Ih! A Manusha ataca novamente.
Ele levanta a sobrancelha sem entender.
— Manusha? Não entendi.
— Acorda Jamal, por isso que ela fica te chamando de lesma, Manusha é a junção de Má com Anusha, Manusha entendeu agora?
— Eu sou velha, mas não sou surda, você merecia umas boas chibatadas nessa sua bunda gorda. Mas eu gostei, Manusha é bom, pode me chamar assim menina, impõe respeito aos inimigos.
— Eu me chamo Antônia, Anusha, e não menina.
— Sim, eu sei, mas é muito bom implicar com você, menina.
— Se continuar me chamando de menina, continuarei te chamando de Manusha!
— Fique a vontade, menina insolente.
E lá vai ela ba