Sally…
Acordei num estado de humor deplorável, cujo estopim fora a estultice de meu irmão. Juro que, se ele estivesse aqui neste exato instante, não hesitaria em ceifar sua existência. Como, porventura, poderia ele olvidar algo tão elementar quanto a diferença de fuso? Dirigi meu olhar para Lucas, que me fitava com uma intensidade.
— O que aconteceu, querida? — Perguntou ele.
— Meu irmão idiota é o que há de errado. — Respondi, de forma resmungona.
Lucas soltou uma risada que ecoou pelo ambiente.
— Venha deitar aqui; quem sabe você adormeça de novo. — Disse ele, enquanto iniciava o gesto de me aproximar com ternura.
— Duvido disso. Talvez eu permaneça acordada até que Adrian me ligue com novidades e, assim que ele retornar, eu o execute.
Lucas riu novamente.
— Por que ele te ligou?
Suspirei e, encarando-o com um misto de confissão e relutância, respondi:
— Você sabe que não suporto ocultar segredos de você, mas temo não ser capaz de revelar isso. — Confessei, detestando guardar segre