Verônica Inspirei profundamente, fechando a porta atrás de mim, marcando o fim de mais um dia gratificante de trabalho. O suave clique da fechadura se encaixando foi o único som que interrompeu o silêncio do apartamento. Deixei minha bolsa no sofá, e meus ombros finalmente relaxaram. Retirei meus sapatos e os deixei de lado, meus pés agradeceram o contato com o chão frio. Desfiz o laço apertado do meu cabelo, libertando-o do rabo de cavalo que parecia estar puxando minha cabeça para trás. Desde a noite passada, uma dor latejante insistia em martelar em minha têmpora, como se estivesse prestes a explodir a qualquer momento. Um banho quente e um analgésico era tudo que eu precisava naquele momento. E foi exatamente o que fiz.Me despi e liguei o chuveiro. Em poucos minutos o vapor começou a preencher o banheiro. Atravessei a névoa branca e me molhei. A água quente imediatamente começou a relaxar meus músculos tensos. Fechei os olhos, me permitindo sentir o prazer dos jatos escorrendo
Verônica Ao vê-lo ali, apoiado nas muletas, dividido entre a confiança e a insegurança, senti uma mistura de surpresa e curiosidade. Como ele conseguiu subir novamente, se eu desmenti o que ele havia dito na portaria? E por que ele veio? Por que voltou depois de ter agido como um ogro e batido em seu irmão na minha frente? Eram muitas dúvidas, e infelizmente, só ele poderia me dar as respostas. Decidi, então, deixá-lo entrar.— Entre! — Eu disse, abrindo espaço para que ele pudesse passar.Assim que a porta se fechou atrás de nós, a pergunta que queimava em minha mente escapou dos meus lábios antes que eu pudesse controlá-los.— Cadu, eu já desmenti o que você disse ao porteiro, então como você conseguiu subir até aqui sem ser anunciado novamente? — Perguntei, tentando entender como ele havia conseguido driblar a segurança do prédio.Ele deu um sorriso ladino, como se soubesse que essa pergunta estava por vir.— Você não acha que precisa se vestir adequadamente ao invés de ficar des
CaduMinhas mãos deslizaram ainda mais para baixo, encontrando o contorno daquela delícia de bumbum, e vagarosamente se aventuraram por debaixo do roupão, revelando a pele macia que eu estava louco para tocar desde que cheguei aqui.Continuamos a nos beijar incansavelmente, como se fosse a única coisa que importava no mundo, porque era exatamente isso que eu sentia. Verônica havia mudado desde o nosso primeiro beijo em minha casa. Ela parecia ter se transformado em uma mulher determinada, que faz aquilo que quer, diferente da garota cautelosa que costumava ser.O desejo por ela estava me consumindo. Eu estava louco de tesão, e podia perceber o calor emanando dentre as coxas dela. Pressionei-a contra mim, transmitindo uma promessa silenciosa de prazer, e um gemido involuntário escapou de sua garganta, revelando o desejo que ela não conseguia mais ocultar. Cada célula do meu corpo parecia vibrar em sintonia com o dela, como se estivéssemos conectados em um nível mais profundo do que o f
Verônica Sentada numa poltrona macia, em um apartamento gelado pelo frio de fevereiro e perdida em pensamentos, eu observava os flocos de neve que caíam do lado de fora da janela, enquanto desenhava nossas iniciais no vidro embaçado por minha respiração, e pelo vapor quente, que saia da xícara de café fresco que eu segurava em uma das mãos, recordando-me dos bons momentos que vivi ao lado de meu namorado, Miguel.Senti um aperto no peito ao lembrar-me de sua insistência para que eu ficasse no Brasil e me peguei imaginando como teria sido se eu tivesse atendido a seu pedido… será que ele estaria vivo? Eu poderia ter evitado aquela tragédia? É… eu acho que não. Afinal, implorei inúmeras vezes para que ele deixasse as corridas clandestinas, mas ele nunca me ouviu. Os rachas eram sua vida, até que eles a tiraram.— Outra vez pensando no mesmo assunto, Vê? Não gosto de te ver deprimida! — Minha prima anunciou sua presença, enquanto caminhava até mim.Eu umedeci as mangas do moletom, ao enx
CaduMeu nome é Carlos Eduardo Viturino, mais conhecido como Cadu. Tenho dezenove anos e moro em São Francisco, Califórnia. Sou brasileiro de nacionalidade, mas nos mudamos para os Estados Unidos quando eu tinha apenas seis meses de vida e como não adquiri nenhum costume de meu país de origem, me considero americano. Cresci aprendendo os dois idiomas e ao longo dos anos, fiz aulas particulares de Língua Portuguesa a mando de meu pai, mas nunca tive a intenção de voltar ao Brasil. Minha vida é, e sempre será aqui.Como sempre estudei com os mesmos colegas de turma e a maioria escolheu cursar arquitetura por vontade própria — que não é o meu caso — novamente vamos estar juntos durante mais quatro anos. E como todos já sabem, o título de popular continua sendo meu.A verdade é que eu não sou nada modesto e adoro ver as garotas se jogando aos meus pés. Não tenho problema algum em admitir que pego várias ao mesmo tempo, mas todas sabem e se elas não se importam, eu menos ainda.A loira qu
VerônicaEu quase infartei quando vi quem sorteou meu nome! Por que tinha que ser ele? Por que justo ele? Eu não queria acreditar que seria obrigada a formar dupla com aquele garoto insuportável e teria que conviver com ele por seis meses. Mas Elliot já havia deixado claro que não permitiria manipulações. Eu não tinha nada a fazer.Minha insatisfação com certeza estava nítida em meu rosto, e enquanto ele seguia com o tal sorteio, eu só conseguia pensar na minha falta de sorte. Uma sala com mais de vinte alunos e justo eu sou contemplada para estudar com aquele garoto mimado. Drøga!Emilly pareceu ter gostado de sua dupla. Ela tinha um semblante satisfeito e estava animada. Fiquei feliz por ela, afinal, ao menos uma de nós precisava ter sorte, não é mesmo?!Com as duplas já formadas, Elliot deu sequência e já no final do segundo horário, passou um trabalho para ser entregue na próxima aula.— Pessoal, quero que se reúnam com suas duplas e me entreguem na próxima aula, uma pesquisa mais
CaduAo saber que minha parceira seria a princesa estressadinha, um sorriso automático surgiu em meu rosto. Não posso negar que senti uma atração por ela desde o momento que a vi, e quanto mais tempo passarmos juntos, maiores serão as chances de conseguir o que me interessa.Não entendo porque estou tão focado nisso, ela não é a única garota bonita da universidade e já mostrou que não vai facilitar minha vida. Mas, como diz a minha certidão de nascimento, eu sou brasileiro e não desisto fácil.Quanto mais ela me evita, mais me atrai. É isso que não compreendo. Eu até gosto de desafios, mas nunca tive que correr atrás de ninguém e com ela não será diferente. Tenho certeza que ela está apenas se fazendo de difícil, mas no final, logo vai ceder, como todas as outras.Durante o intervalo, vi o "certinho", também conhecido como meu irmão, se aproximando dela e de Emilly. Eles pareciam estar se divertindo, rindo sem parar. Por alguma razão, isso me incomodou.Várias vezes notei que ela també
Verônica Após a abordagem daquele garoto, continuei em direção aos portões da universidade, onde o ônibus — que é disponibilizado para a locomoção dos alunos bolsistas — já estava nos esperando. Sentei em um dos bancos e assim que todos embarcaram, o motorista seguiu viagem.Mais ou menos quinze minutos depois, cheguei no apartamento. Tirei a blusa de frio e guardei no quarto junto com minha mochila, então fui preparar algo para comer. Decide fazer tacos, pois o preparo da massa é rápido. Além disso, já tinha frango com legumes pronto na geladeira. Apesar de ser uma comida mexicana, também é muito consumida nos Estados Unidos. Eu, particularmente adoro.Coloquei o recheio para esquentar e quando terminei de fritar as massas, montei um taco, peguei um refrigerante e sentei para comer. Ao terminar de me alimentar, lavei a louça e fui até o banheiro escovar os dentes. Como ainda tinha alguns minutinhos antes de sair para o trabalho, deitei no sofá. Logo a porta se abriu e minha prima e