Sentia-me o pior da minha espécie, um sujo precário e decrépito, escondendo-me por trás do amor que sentia por ela, mas que não era maior do que minha necessidade.
Eu a amava e meu corpo doía diante a possibilidade de perdê-la, não a tocar ou não ter Ariela sob os cuidados de meus olhos. Isso afligia o meu físico e enlouquecia minha mente.
Sabia que ela ainda me queria, que dormia ao meu lado sem o menor sinal de desconforto, não temia por quem eu era e em momento algum usava disso como qualquer desculpa para algo.
Como poderia ser grato por tê-la em minha vida? Ainda assim, mesmo diante a esse regalo, não teria como abrir mão de sua essência, mas descobri que necessitava de pouco para transbordar.
Ariela dormia deitada em meu peito, permanecia acariciando sua pele quente e macia, meus dedos marcando delicadamente por onde deslizava. Vi o exato momento em