Capítulo XXXVI - Alin Mihai

Sentia-me o pior da minha espécie, um sujo precário e decrépito, escondendo-me por trás do amor que sentia por ela, mas que não era maior do que minha necessidade.

Eu a amava e meu corpo doía diante a possibilidade de perdê-la, não a tocar ou não ter Ariela sob os cuidados de meus olhos. Isso afligia o meu físico e enlouquecia minha mente.

Sabia que ela ainda me queria, que dormia ao meu lado sem o menor sinal de desconforto, não temia por quem eu era e em momento algum usava disso como qualquer desculpa para algo.

Como poderia ser grato por tê-la em minha vida? Ainda assim, mesmo diante a esse regalo, não teria como abrir mão de sua essência, mas descobri que necessitava de pouco para transbordar.

Ariela dormia deitada em meu peito, permanecia acariciando sua pele quente e macia, meus dedos marcando delicadamente por onde deslizava. Vi o exato momento em

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