Capitulo Dez

A despedida de um herói

Flash's, vozes embargadas, visão turva e uma sensação estranha de hiperatividade.. Liz sentia todas essas coisas de uma só vez.

Tentava controlar aquilo mas seus movimentos pareciam incontrolaveis. Não conseguia pensar em nada além de achar que, talvez, algo estivesse errado.

Um apagão se fez e a garota loira desmaiou após horas de festa. Ela caiu em meio a várias palmeiras, poucos metros longe do mar. Um grupo de garotos viu aquela cena e foram ver o que tinha acontecido :

- Olhem só aquela garota! - disse um rapaz, se aproximando do corpo de Liz ao chão. Outros três rapazes chegaram, rindo ao ver a menina.

- Ela ta chapada.. Não vai se lembrar de nada, amanhã. - Disse outro rapaz.

- Ela é gostosa, isso sim. - um outro rapaz, disse. Esse se aproximou de Liz com más intenções. Porém, eles não repararam que Ana à observava, também.

- Deixem ela ! - Exclamou Ana, chegando por trás.

- Se eu fosse você, eu sairia daqui, agora! - Exclamou um dos rapazes.

- Você vai fazer o que se eu não sair? - Perguntou Ana, encarando o rapaz.

- Eu vou te mostrar o que eu vou fazer... - Respondeu ele, sorrindo maliciosamente - Segurem ela!

Dois outros rapazes tentaram segurar Ana, mas a garota tirou um soco inglês, ao colocar na mão (em uma rapidez) e socou a cara do rapaz que estava à encarando. Os outros saíram correndo após ver do que a garota era capaz.

Ana tentou acordar Liz de todos os jeitos, mas a loira estava realmente desmaiada. Sendo um pouco maior do que Liz, Ana conseguiu levanta-la e arrasta-la até onde estava o carro de seu pai. Colocou com cuidado o corpo da loira no banco traseiro, e colocando o cinto do jeito que dava para que Liz não caísse. Ana retirou seu casaco e botou por cima da garota desmaiada, pois ainda era de madrugada e estava frio por causa do mar.

Apesar de tudo, Ana estava com aquele frio na barriga. E olhava para o retrovisor a todo instante, buscando ver o reflexo de Liz, mesmo que desacordada, ela era linda. Os seus traços ainda eram perfeitos e o seu semblante aspirava inocência.

Peter, o pai de Ana, já estava no trabalho. Ele saia de casa por volta das quatro horas da manhã. Então, não teria problema de Liz estar lá. Desde que Peter não soubesse, é claro.

Ana se esforçou ao máximo até conseguir colocar Liz, pelo menos, em seu sofá. Já que seria impossível carrega-la escada à cima até o seu quarto. Com um cobertor ela cobriu a loira e deitou ao sofá do lado, para vigiar Liz, enquanto ela dormia.

Seu medo era que a loira passasse mal ou se assusta-se ao ver que estava em um lugar estranho. Então não queria correr o risco de que algo desse errado. Após alguns minutos, Ana acabou pegando no sono, também. Já era de manhã quando isso aconteceu.

Do outro lado da cidade, por volta de oito horas da manhã. O trânsito estava um caos, pois em um banco, extremamente utilizado pela população de Miami, um assalto acontecia. Ouviam-se gritos por todo o lado e pedidos de socorro vindo do grande prédio.

Vários homens encapuzados entraram no banco e renderem todos que estavam ali dentro. Sejam funcionários ou clientes, qualquer um :

- Todos vocês! Formem um escudo humano na porta! - Gritou um dos assaltantes. Os reféns daram-se as mãos e se colocaram de frente a porta.

O líder do grupo, segurava um rifle em sua mão, e com uma calma perguntou aos reféns qual deles era o gerente. Após algumas ameaças, um homem de meia idade, levantou a mão.

- Levante! - Gritou o líder - Você vem comigo para o segundo andar. Esse que também já estava tomado pelos homens encapuzados.

O líder e o homem de meia idade subiram até o segundo andar. Enquanto ouvia-se gritos de desespero, o gerente chorava clamando por misericórdia:

- Cale a boca! - Gritou o líder, um tanto irritado - Você vai fazer uma transferência para mim.

- Eu.. E-Eu não posso! - Disse o gerente.

- Desculpe.. Qual é o seu nome? - perguntou o líder.

- C-Craig..

- Ok, Craig. O negócio é o seguinte : Você vai fazer a transferência para mim, sem reclamar. E em troca eu não mato você e nem nenhum dos reféns. Mas se você contestar eu atiro na sua cabeça. Está claro?

- Sim.. Sim senhor.

- Ótimo! Sente-se então em sua mesa e comece o seu trabalho. - Disse líder, soltando Craig. O gerente se sentou e ainda tremendo, abriu o seu nootbook. O líder dos assaltantes apontava uma arma para a cabeça de Craig. Deixando-o ainda mais nervoso.

- Q-Qual é o número da conta? - Perguntou o gerente.

- Você vai procurar pelo nome.. É Bryan Oliver Bucker.

- C-Certo.. - Disse o gerente, pesquisando o nome que acabara de ouvir. - N-Nesse nome existem duas contas vinculadas.

- Você vai transferir para mim a conta da PetroRio. - Disse o assaltante.

- E.. Qual é o número da conta para a transferência? - Perguntou o gerente.

- Você acha que eu sou burro? - Perguntou o líder, dando uma coronhada na cabeça do gerente. - Eu quero essa quantia em dinheiro vivo.

- Mas... São 100 milhões de dólares! - Exclamou o gerente.

- Então você tem muito trabalho para fazer! - Respondeu o líder. - Vai.. Esvazie a conta e me dê o dinheiro.

O assaltante passou um rádio para os outros assaltantes e pediu para que dois subissem ao segundo andar.

Os dois outros assaltantes e o gerente começaram a encher sacolas com o dinheiro. O tempo todo o líder apontava o rifle para o gerente, passando o medo para Craig.

Após alguns minutos, onze sacolas estavam cheias com notas de 100 dólares. Ainda faltavam um restante dentro do cofre, porém o líder ainda não estava satisfeitos :

- Vocês terminem o serviço.. - Disse o líder para os outros dois, com uma brutalidade imensa, ele puxou o gerente pelos cabelos - Você vem comigo.

- P-Por Favor.. Não me mate.. - Clamava o gerente.

- Cale a boca! - Exclamou o assaltante - Agora você vai pegar o telefone e vai ligar pra polícia.

- Como é?..- Perguntou Craig, surpreso.

- Você vai ser convincente o bastante para que eles tragam o FBI até aqui.

Feito isso, não demorou muito para que começassem a ouvir barulhos de sirenes por todo o canto.

Jayden Ross, o agente especial e condencorado do FBI, assumiu o caso.

Usando o gerente como escudo, o líder exigiu que a negociação fosse feita por Jayden. E assim, o agente o fez. Pensando no bem estar dos reféns, o agente aceitou entrar no prédio apenas com uma arma em sua mão e um rádio na outra:

- Ok.. O que você quer para soltar os reféns?- Perguntou Jayden, calmamente.

- Quero um carro blindado para os meus homens fugirem com o meu dinheiro. - Respondeu o líder.

- Só isso?

- Não... Não... É óbvio que não, meu caro. Eu também quero um helicóptero para eu sair daqui ileso.

- Ok.. E então você libera todos eles? - Perguntou Jayden.

- Após tudo estar conforme eu quero... Sim. Eu libero todos os reféns. Mas você tem 1 hora para atender.

Sem demorar muito, o carro e o helicóptero já estavam em posse dos assaltantes e tudo correu como o esperado. Em pouco tempo os reféns foram soltos e Jayden acompanhou o líder até o terraço, pois o gerente do banco ainda estava como refém:

- Vamos fazer uma troca, agente Ross... Você me dá sua arma e eu lhe dou o meu refém. - Disse o líder, já próximo do helicóptero.

- Ok.. - Respondeu Jayden, entregando sua arma para o assaltante - Agora me entrega o refém.

- Tome! - Respondeu o assaltante, empurrando o gerente para cima de Jayden. Apontando o seu rifle para os dois, enquanto subia no helicóptero. Jayden sentiu algo estranho em seu coração, como se aquele momento fosse o último da sua vida. E ele estava certo, após o helicóptero subir alguns metros, pela janela o assaltante atirou em Jayden, três vezes. O primeiro tiro pegou em seu peito. O segundo em sua barriga. O terceiro pegou de raspão em sua cabeça.

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