P.O.V. Heitor - Pode ficar parado aí - Henrique aparece e aponta a arma para Angel. Para não colocar Angel em risco, eu fico parado no mesmo lugar. Olho ao redor para ver se não tem nenhuma saída. - Você está bem, Angel? - Ele quer matar nosso filho, Heitor - dou um passo a frente, mas logo me lembro que Henrique está apontando uma arma para Angel. Henrique estava louco. Ele não tem a mínima noção do que eu vou fazer com ele se tocar na Angel. - Não inventa, Henrique. Você ficou louco? - A culpa disso tudo é sua e do seu maldito pai. Eu não estava entendendo a raiva dele. Henrique não tem motivo nenhum para estar fazendo isso e se tem, eu não sei. - Você não quer saber o motivo Heitor? - ele pergunta. Henrique pisa em cima da Angel e ela geme de dor. Não penso duas vezes antes de apontar a arma para ele. Mas é óbvio que Henrique não é nenhum estúpido. Não demora muito para que tenha 5 homens envolta, aponta metralhadoras para mim. Mesmo assim eu não abaixo a minha arma.
P.O.V. Angel Henrique estava prestes a acertar minha barriga quando a porta é aberta com força. Meu corpo inteiro treme de medo. O corpo do meu irmão cai pra frente, mostrando que ele estava exausto. - Alex... - sussurro baixinho. Meu irmão estava cansado e destruído. O sangue ainda escorrendo do rosto dele. - Esse inúteis. Como deixaram ele sair? - Henrique fala com raiva. Ele puxa Alex pelo braço e o deixa no canto daquele lugar. Eu estava com tanto medo que não conseguia nem falar nada. O que ele faria com o meu irmão? - Já me cansei de você - Henrique aponta uma arma para ele. Antes que ele atirasse, barulhos de disparos podem ser ouvidos. - Heitor... - sussurro. Eu tenho certeza de que meu marido está aqui. Eu não tenho dúvidas. - Senhor - a porta é aberta de uma só vez - ele está aqui. Henrique da uma risada seca e sem nenhum humor. - É claro que está. Veio buscar você - a arma é apontada para mim - será a isca perfeita. Henrique me solta e me puxa pelo cabelo. E
P.O.V. Angel Observo a neve caindo do lado de fora do portão. Abraço meu corpo tentando me aquecer contra o frio. É nesse momento de reflexão que eu tento não chorar. Estou aqui desde que me conheço por gente, e não sei quase nada sobre mim. Não tenho ideia de quem seja a minha família. Só sei que um homem paga pelo meu ensino. É difícil não saber se eu tenho uma família, ou alguém que realmente se importe comigo. Só vivo trancada dentro desse colégio no fim do mundo. Não gosto de estar nesse lugar, é desagradável. __ Angel - escuto alguém me chamar, mas não me viro para olhar - você está surda menina? - meu braço é puxado bruscamente. __ Me desculpe, eu não ouvi você. Estava distraída - pisco meus olhos inocentemente. Lúcia me olha com raiva. Ela é uma das professoras daqui, e não sei o motivo dela não gostar de mim. Muitas pessoas aqui me desprezam. Vivo sofrendo bullying nas mãos de algumas meninas, e ninguém faz nada sobre isso, Será que eu fui um estorvo para meus pais?
P.O.V. Heitor Observo meus seguranças avançarem ainda mais no meio do tiroteio. Com a minha arma na mão, eu vou matando quem entra no meu caminho. Não me importo quem seja, entrou na minha frente, eu estou matando. Dou um chute na porta fazendo ela cair no chão. O homem dentro do quarto aponta a arma para mim. Dou um tiro no joelho dele, o fazendo cair no chão. O desgraçado pediu por isso. Por tudo que me fez passar durante anos. __ Achou mesmo que eu iria desistir? __ Não tenho medo de você, Lombardi. Pode fazer o que quiser comigo, mas nunca irá descobrir onde ela está - ela cospe no chão. __ Tragam ele! - meu segurança assente com a cabeça. Desço as escadas e vou até seu escritório. Roger Del Rey, o homem é muito esperto, isso eu não posso negar. Mas nada pode me parar quando eu quero alguma coisa, nem a inteligência dele. Quando coloquei meus olhos na Angel, eu a quis para mim imediatamente. Del Rey descobriu sobre isso, e a levou para longe de mim. Passei 2 anos procura
P.O.V. Angel Pego alguns livros e coloco nos meus braços. Uma das poucas coisas que posso fazer nesse lugar é ler. Apesar de tudo, hoje eu estou feliz. É meu aniversário e estou completando meus 18 anos. Fico me perguntando se alguém virá me buscar. Finalmente vou conhecer a minha família? Solto um suspiro e me sento em uma poltrona. O calor que emana da lareira é reconfortante. O lugar em que estamos é muito frio. Não me lembro de ter sentido o sol alguma vez na minha vida. Os livros daqui não são tão interessantes, mas é o que eu tenho para ler. __ Feliz aniversário! - me assusto com a aparição repentina da minha professora. __ Obrigada, Cecília - dou um sorriso e a abraço. Cecília está com um cupcake na mão e uma vela em cima. Fechos meus olhos e faço um silencioso pedido. "Só quero poder sair daqui" Assopro a vela e dou um sorriso. Mordo um pedaço e me delicio ao sentir o doce sabor do chocolate. __ Quer um pedaço? __ Não, meu amor. É todo para você - mordo mais um pe
P.O.V. Heitor Não posso negar que fiquei irritado ao ouvir do meu anjo que não deveríamos nos casar. Depois de tantos anos, ver ela foi uma realização. Mas Angel não parece pensar da mesmo forma que eu. Não posso cobrar muito, já que ela não se lembra de mim, então tento manter a calma de todas as formas possíveis. __ O que você fez? - me viro para olhar a minha irmã. Estou muito irritado com ela. Seu trabalho era vigiar a Angel, e ela deixou que meu anjo fosse machucado. Quero colocar fogo nesse colégio, com todo mundo dentro. A porta do quarto é aberta e uma senhora já de idade entra. Ela olha para mim um pouco assustada. __ O que está fazendo aqui? Não é permitido nenhum homem nesse local - aperto minha mão em um punho. __ Está preocupada com isso? Você trancou uma de suas alunas em um porão e a deixou lá por 2 dias, com fome e sede! A mulher não pareceu se abalar com o que eu disse. Isso só me deixa ainda mais irado. __ Todas as meninas recebem uma disciplina excelente.
P.O.V. Heitor Entro no cassino acompanhado dos meus seguranças. Passo por entre as pessoas e mesas de jogos de azar. Minha missão aqui é uma só. Entro em uma sala particular, onde acontece o jogo de pôquer. Aqui só tem homens criminosos, que tiram esse tempo para aproveitar longe da família. Me sento em uma cadeira e puxo um dinheiro do meu bolso. Eles me olham e esperam para que eu faça a minha aposta. Sempre apostei alto nos Jogos, mas raramente perco. Aceito o whisky oferecido por uma mulher, que está apenas de calcinha, com os seios de fora. Aceito também o charuto oferecido pelo homem responsável pelas apostas. __ Não sabia que iria aparecer hoje, Heitor. __ Você sabe o motivo Fernando, eu sempre costumo vencer, então sempre retorno - ele da uma risada. Fernando é a pessoa que acha que pode brincar comigo, essa noite vou mostrar que está muito enganado. Observo os seguranças dele. São cinco no total, contra três dos meus. Não recuo ao ver isso, sei da capacidade de cada
P.O.V. AngelOlho para o meu pé. Ele já não está inchado, apenas um pouco dolorido. Acho que eles me deram alguma injeção enquanto eu dormia. Observo o quarto em que estou, ele é grande, mas tão sem graça. A única coisa que eu queria fazer era sair daquele colégio, agora que sai, não sei exatamente o que fazer. Estou na casa desse homem que eu não conheço, mas ao contrário de mim, ele parece me conhecer muito bem. Noiva... Fica dizendo que sou sua noiva. Como eu posso ser a noiva dele? Estou tão confusa. Quase não dormi a noite, fiquei o tempo inteiro pensando nisso. Heitor nem me falou nada sobre meus pais, me deixando no escuro. Alguém bate na porta e eu permito a entrada. Stefane aparece no batente da porta, muito bem arrumada e com um sorriso no rosto. __ Vamos fazer compras? - ela entra no meu quarto arrumada - trouxe uma roupa para você, vá se arrumar. Me animo com a ideia de sair um pouco. Quero muito conhecer a cidade, fazer várias coisas. Me arrumo rápido, eu já tinh