Eu olhei para ele, incrédula.
Vivi duas vidas e nunca cheguei a entender Vital.
Cada vez que ele agia de forma desavergonhada, conseguia me chocar e abalar minhas convicções.
Eu me desvencilhei de seu aperto e o empurrei com força.
— Quem deve parar com isso é você! Eu serei sua futura tia, então me respeite!
Vital, vendo que eu não cedia, tentou segurar minha cabeça para me forçar a beijá-lo.
— Não permitirei que você se case com ele! Você só pode ser minha!
Justo quando eu fechava os olhos e lutava contra ele, caí nos braços de alguém quente e acolhedor.
Lélio colocou seu paletó em meus ombros e deu um soco que quebrou o nariz de Vital. — Vital, você está pedindo para morrer?
Vital, com o nariz sangrando e o rosto todo sujo, parecia ainda mais assustador.
Ele limpou o rosto com a mão e, em vez de se calar, zombou: — Não esperava que um homem tão poderoso quanto você, tiozinho, gostasse de algo de segunda mão.
— E ainda por cima, algo que já foi bem usado.
Lélio, inflamado pela prov