Gabriel abriu os olhos, ou pelo menos pensou que sim, mas foi como se tivesse um filme escuro sobre eles. Ao seu lado, as vozes continuavam e continuavam.
-Você ainda acha que ele vai sobreviver? - disse um.
-Foi uma semana, se ele ainda não morreu, acho que não vai morrer, mas não espere que ele acorde da noite para o dia, afinal de contas, você lançou um maldito míssil contra ele", disse outra pessoa.
-Bem, tanto pior para ele, porque eu preciso de informações, e isto não será nada comparado com o que eu preciso saber.
As vozes se perderam na distância, cheias de ruídos estranhos, e Gabriel escorregou de volta para a inconsciência.
Ele não tinha certeza há quanto tempo vinha entrando e saindo daquele agonizante estado de sono. Ele só podia sentir que não estava exatamente entre amigos. Finalmente, um dia seu cérebro se forçou a reagir e ele abriu bem os olhos.
Seus pensamentos foram entorpecidos e ele olhou ao seu redor. Aquela pequena sala tinha todo o equipamento de uma enfermaria