Agarrei minha mãe pelo braço e a tirei do escritório. Eu não podia ter mais um problema, ou enlouqueceria.
— Me solte, Samuel — ela me ordenou indignada.
Não respondi e continuei a arrastá-la comigo. Se Luisana a visse, seria uma tragédia.
— O que essa velha bruxa está fazendo na minha casa? — perguntou Luisana da escada.
Minha mãe sacudiu o braço e se soltou de mim.
— Como se atreve, sua mulherzinha — retrucou ela.
Luisana desceu rapidamente e se aproximou de minha mãe, enfrentando-a.
— Quando você morrer, irei ao seu funeral vestida de vermelho — disse Luisana.
Minha mãe a olhou de cima a baixo e riu.
— Você está tão magra que sei que vai morrer dando à luz, e juro que todos os dias da minha vida falarei mal de você para meu neto — disse ela.
Arthur parou ao meu lado e observou a cena com diversão.
— Vocês duas são parecidas — comentou.
Ambas se viraram para olhá-lo, com olhares penetrantes e cheios de raiva e indignação.
— Quem é esse idiota que me comparou com a velha da sua mãe?