MAÇÃ ENVENENADA

Chiei para ela, tentando alcançar as barras. Mas meu outro pé deslizou, se desprendendo da grade, e fiquei pendurada apenas pelas mãos. Helena balbuciou, e o peso de meu corpo foi demais para meus dedos já doloridos, que também se desprenderam. Por uma fração de segundos, o vento balançou meus cabelos, e no próximo segundo, um estalo surdo acertou minhas costas, e senti meus pulmões se deslocarem.

_Inferno... _gaguejei lutando para puxar o ar novamente, e quando abri os olhos, o rosto de Helena estava a centímetros do meu, me observando com curiosidade, sua cabeça contornada pelo brilho da lua atrás dela.

_Você é uma vergonha para a natureza, sabia?

_Esqueci de mencionar que nunca precisei fugir de casa depois do toque de recolher...

_usei todo o sarcasmo que pude _Ainda mais morrendo de sono! Ela levantou uma sobrancelha bem desenhada.

_Está me atrasando, sabia? _ela lembrou, me oferecendo a mão. Com um protesto baixo, aceitei, e ela me ajudou a levantar.

Olhei o Neon estacionado sob
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