CAPÍTULO 33
Valéria Muniz
Quando ele falou isso, entrei em desespero. Segurei um pedaço quebrado da cadeira, mas comecei a pensar enquanto o ouvia levantar, e ele deveria estar possuído com o empurrão, jamais o afrontei.
Sem opção eu peguei o celular:
— Vou ligar, estou ligando! — fiz a discagem rápida que Theodoro me ensinou, liguei para ele na frente de Aaron, por alguns segundos eu estaria segura.
Aaron não me agrediu por agora, e eu tinha uma chance de Theodoro me atender e me ajudar.
No segundo toque ele atendeu, acho que nunca quis tanto ouvir a sua voz.
— Val? Se está preocupada com seus óculos, eu estou levando, acabei deixando no meu bolso.
— Preciso de dez mil reais, pode enviar na conta da minha irmã Raquel, dona Anelise.
— Val, o que está acontecendo?
— Preciso de um adiantamento do trabalho, para pagar as coisas do casamento...
— Querida, continua na linha... vai explicando como transferir o dinheiro, que já est