Davian Deane
A floresta parecia estar em expectativa, como se cada sombra, cada folha e galho soubesse que havia algo errado. Caminhei devagar, meus passos firmes, mas silenciosos, atentos ao que se escondia nas sombras. A cada passo, a sensação de que eu não estava sozinho crescia. O frio que subia pela minha espinha não era o frio comum da noite.
Era um aviso.
Ajeitei minha postura e me escondi entre as árvores, sempre atento ao meu redor.
Foi então que o som veio. Primeiro, leve, quase imperceptível. Um roçar de passos cuidadosos, mas desajeitados demais para serem apenas folhas ao vento. Aquilo era gente.
E não estavam ali por acaso. É claro.
Comecei a avançar na direção do som, cauteloso, mas determinado. Assim que me aproximei, os passos cessaram abruptamente. Não era só uma pessoa; eram várias. Meus olhos se cessaram quando os observei, atentamente.
Consegui distinguir dois ou três vultos à frente, mas não arrisquei chegar tão perto. Eles já pareciam nervosos, hesitantes,