Tamires.
O toque suave de seus lábios na minha bochecha me deixou paralisado por um breve momento, um instante que foi suficiente para ele fugir.
"Ela vai voltar, não se esqueça , ela cantarolou a minha consciência num tom demasiado vivo para o meu gosto."
Abri e fechei minha mão direita várias vezes, para não ceder à tentação de trazê-la ao meu rosto para ver se ainda havia algum calor na minha pele. Quando seu carro cruzou o portão principal, eu me virei lentamente para encarar os olhos dos outros. Marcos e Rafaela, eu não poderia ser fraca, eu não tinha escolha a não ser esperar até o anoitecer para desabafar com meus amigos.
— Agora, o que segue? — Edgar estendeu a mão e eu não hesitei em pegá-la.
— Vamos para casa — respondi.
—Tamires ... — Marcos sorriu para mim, tal como quando vi Paulinho nos braços.
Paulinho... Dava para ver com meus próprios olhos o quanto ele havia crescido enquanto eu estava fora. Tê-los lá, na minha frente, naquele mesmo dia, removeu aqueles sentimentos q