A noite estava fria e silenciosa. A única luz vinha da lua, que espreitava entre as árvores, lançando sombras sinistras sobre o chão coberto de folhas secas. O cheiro de sangue pairava no ar.
Evangeline e Edward foram arrastados pelos braços até o interior de uma cabana. O local tinha um cheiro familiar. A madeira desgastada, os móveis rústicos, a lareira apagada... Foi ali que, tantas vezes, haviam se encontrado às escondidas, longe dos olhares julgadores do mundo. Mas, naquela noite, a cabana não era um refúgio. Era uma prisão.
O responsável pelo ataque não queria que as coisas chegassem a esse ponto. Mas já era tarde demais para voltar atrás.
A dor era insuportável. O corpo de Evangeline ardia em cortes profundos, e cada movimento fazia seu peito se apertar. As ferragens do acidente haviam perfurado sua pele, e o sangue ainda escorria. A visão turva demorou a se ajustar.
— Edward...? — sua voz saiu fraca, quase um sussurro.
Ao seu lado, Edward soltou um gemido, tentando se