Dom Andreas sorriu nervoso, não sabia como agir, por que jamais havia se confessado na vida.
– Me perdoe padre acho que não consigo dizer mais nada. – Negou com a cabeça.
– Comece falando do que se arrepende, todos nós fazemos coisas erradas e que gostaríamos de consertar.
Aquela frase do padre havia me tocado no fundo do coração, não consigo entender o porquê, mas as palavras apenas começaram a sair de dentro de mim uma atrás da outra.
– De ter sido um covarde, por ter mandado um homem justo para a prisão e por ter sido tão miserável em me calar quando algo dentro de mim grita!
– Então seja claro e deixe sair tudo.
– Mandei Leonel para cadeia por que ele se recusou me entregar Lupe, mas meu coração doeu e no dia seguinte eu o tirei de lá. Claro, me aproveitando do silêncio dele para ficar bem com ela e Ester...eu amo Guadalupe padre, tanto que chega a doer dentro de mim e me fere no orgulho sentir o que sinto por ela! – Pela primeira vez a verdade o fez estremecer.
– Por que não diz