Bianca Bernardes
A apreensão estava crescendo em meu peito. Meu estômago estava se revirando diante do que irá acontecer a seguir.
Assim que as portas metálicas se abriram, encontrei minha irmã caçula com uma expressão tensa e logo que me viu, seus olhos se iluminaram.
Soltando o ar com força, abri os braços quando Alícia correu até mim e me abraçando, senti seu corpo tremer quando colidiu com o meu. Fechando meus olhos, senti meu peito se apertar diante da saudade que eu estava sentindo dela.
Era a saudade da familiaridade.
— Eu pensei que nunca mais veria você, Bia.
Ouço a voz emocionada da minha irmã e me afastando, eu puxei sua mão e a direcionei até o sofá e disse.
— Está tudo bem?
Ela me olhou por alguns segundos e se demorou na pequena mancha escura em meu queixo e respondeu.
— Eu estou e você?
Sua mão trêmula subiu até meu rosto e então ela murmurou.
— Foi o papai que fez?
Eu assenti com um gesto e vi quando ela se encolheu no estofado e disse.
— T