A primavera em São Paulo desabrochava em todo o seu esplendor, pintando a cidade com cores vibrantes, mas nenhuma flor se comparava à beleza radiante de Jessica Calegari nas últimas semanas de sua gravidez. A mansão, antes um símbolo de poder e solidão, agora transpirava uma doce e ansiosa expectativa. O quarto do pequeno Lorenzo estava pronto, um ninho de ternura e sonhos, com seus tons pastel, o berço que parecia saído de um conto de fadas e os girassóis delicadamente pintados na parede, um eco constante do amor que florescera na Toscana.

Foi numa madrugada chuvosa, uma semana antes da data prevista, que Jessica sentiu as primeiras pontadas, um aperto ritmado em seu ventre que a fez despertar sobressaltada. Ao seu lado, Luigi dormia profundamente, o cansaço dos últimos dias de trabalho intenso e de noites velando o sono dela finalmente o vencendo.

"Luigi...", ela sussurrou, tocando levemente o ombro dele. "Acho... acho que está na hora."

Ele despertou num átimo, a sonolência desapar