CLARA
As luzes azuis e vermelhas piscavam ao nosso redor, iluminando a cena de forma quase surreal. Mesmo com a polícia ali, o medo ainda estava presente. Meu corpo ainda tremia, e a adrenalina não me deixava relaxar. Henrique me segurava firme, como se não quisesse me soltar, como se me manter nos braços dele fosse a única coisa capaz de nos proteger daquilo tudo.
Mas eu sabia que o perigo estava longe de acabar.
Enquanto os policiais falavam com Henrique e tentavam entender o que tinha acontecido, minha mente corria, relembrando o olhar sombrio do homem que havia me ameaçado. Mesmo com a chegada da polícia, ele parecia impassível, quase como se soubesse que ainda teria outra chance. A ameaça em suas palavras — "Isso ainda não acabou" — ecoava na minha cabeça como um aviso sombrio de que algo pior estava por vir.
Henrique tentava explicar a situação aos oficiais, mas era claro que estava cansado. As últimas semanas haviam nos pressionado ao limite, e, agora, parecia que estávamos cam