Capítulo 7
Ester Rossini
Ai, que raiva! O Samuel acha mesmo que eu sou uma daquelas idiotas com quem ele está acostumado a levar para a cama? Como ele ousa me beijar sem o meu consentimento? Senti-me tão humilhada que, assim que saí do quarto, precisei parar para recuperar o fôlego. A verdade é que o que eu queria mesmo era ir embora… mas não vou dar esse gostinho a ele. E muito menos vou me deitar com ele!
Ele pensa que eu não percebo que esse papo de “gostar de mim” não passa de uma desculpa para me levar para a cama. Está muito enganado. Agora, vou tratá-lo com ainda mais frieza. Odeio homens assim — só porque são ricos e bonitos, acham que toda mulher tem que se jogar aos pés deles e se entregar. Cafajestes! Arrogantes!
Depois de um dia cansativo, finalmente chego ao meu apartamento. Ele até insistiu em me trazer, mas recusei. Não quero que ele saiba onde moro.
Peguei as chaves na bolsa, abri a porta e entrei, fechando-a atrás de mim. Acendi as luzes, já estava escuro. Suspi