Edward olhou para as cabanas feitas de madeira, conectadas por passarelas elevadas. No centro da vila, um pátio enorme acumulava neve, enquanto os aldeões lá embaixo paravam o que estavam fazendo para encará-lo, atônitos. O lugar era maior do que imaginava, e ele estava sem palavras.
— Você construiu tudo isso? — perguntou a Keenan, ainda incrédulo.
— Não, foi o meu pai. Eu só terminei o que ele começou — respondeu o rei dos ladrões. — Vamos, ainda há mais para ver.
Enquanto desciam a passarela até o pátio, Edward sentia o peso dos olhares. A maioria das pessoas ali havia perdido suas casas por causa dele. As expressões de medo, repulsa e indignação eram impossíveis de ignorar, e ele sabia que não havia justificativas suficientes para reparar isso.
No centro do pátio, ele avistou um homem descendo de outra passarela acompanhado de Gweneth. Quanto mais o estranho se aproximava, mais o rosto dele parecia familiar.
— Ah, meu santo Cristo! — Edward cambaleou para trás, chocado ao reconhec