369. O REHEM
NARRADORA
Eles estavam encurralados.
Conseguiram se esgueirar para dentro da gruta, mas era apenas mais um buraco sem saída.
“Aldo, ficar aqui é pior.”
“Espera, sshhh, não faça muito barulho, vamos esperar, Tomas. Nos custou trabalho encontrar esse esconderijo; talvez para eles também.” Aldo disse ao amigo inquieto.
“Mas os cães...”
Ele mal tinha mencionado e os ouvidos aguçados dos lobos captaram os sons das garras raspando contra a rocha.
“Fica quieto.” Aldo ordenou, aproximando-se da tênue luz que emanava da estreita entrada.
Seus olhos de predador observavam atentamente o exterior, brilhando perigosamente.
Os cães haviam farejado seu rastro; no entanto, a enorme rocha havia bloqueado o caminho.
Eles não eram tão grandes e ágeis quanto aqueles lobos gigantescos.
— Ggggrrr — o lobo de Aldo soltou um rosnado ameaçador.
Tente passar por aqui e eu vou te destroçar.
Por mais corajosos que fossem aqueles cães, logo interceptaram o rosnado da fera escondida nas profundezas e o instinto de