253. A NOVA SENHORA FEUDAL
NARRADORA
Sigrid afastou-se de seu tormento possessivo.
Conversariam depois, mas as ondas de malícia vindas de Morgana estavam se tornando insuportáveis.
— Silas, não vamos esquecer que temos uma espectadora. Que vergonha… — Ela se virou para Morgana, lançando-lhe um sorriso torto.
Morgana tremeu por um instante, lembrando-se dos ataques dolorosos daquela mulher. A esperança lhe escapava a cada segundo.
— Muito bem… Vamos acabar com isso…
— Espera! Espera! Eu posso te dar algo em troca, só me deixe viver! Eu vou embora com meus filhos, juro pela Deusa! Todo o feudo será seu, nunca mais me verá! — gritou de repente, jogando toda a dignidade ao chão.
— Está falando do Livro do Risorgimento? — Sigrid perguntou com ironia, observando o rosto crispado de Morgana.
Será que ela realmente acreditava que o mantinha tão bem escondido?
— Eu… eu posso te dar ele…
— Minha senhora não precisa de nada seu. Tudo que há nesta mansão já pertence a ela. Posso matá-la agora? — Silas se virou para Sigrid,