189. CONHECENDO O LORD DOS LOBOS
VICTORIA
—Rousse, você tá bem?
Me levantei do chão, ainda meio zonza.
A sensação de cair e girar sem parar tinha sido horrível.
—Sim, senhorita Victoria.
A voz rouca dele respondeu.
Ele também se ergueu do chão, com mais de dois metros de altura, me cobrindo com sua sombra intimidadora — como tudo nele.
O capuz preto que ele sempre usava caiu pra trás, revelando o cabelo grisalho.
Os olhos, na mesma tonalidade acinzentada, quase brancos, me encararam sem piscar.
Tô mais que acostumada com os não mortos, mas o Rousse ainda impõe respeito... até pra mim.
Sempre vestido de preto, forte, sério, com aquelas cicatrizes profundas cruzando o corpo pálido.
—Onde você acha que a gente tá?
Perguntei, analisando o beco onde a gente tinha caído.
O lixo fedia e se acumulava em montinhos pelas bordas.
A gente tava cercado por paredes escuras e imundas.
—Nunca estive num lugar assim no nosso reino.
—Acho que não estamos em casa, Rousse —falei, franzindo a testa—. Vamos explorar.
Decidi, puxando o cap