(Ponto de Vista de Emma)
— Não. — Sem vacilar, balancei a cabeça e mantive o olhar firme no papai, consciente de que dizer a verdade significaria abrir mão de tudo. Mamãe sempre deixara claro o que me esperava se alguém descobrisse sobre os nossos "tratamentos especiais", e isso incluía perder minha casa, meu prestígio e, acima de tudo, a proteção dele.
Por isso, apertei ainda mais o seu braço, sentindo a tensão dos músculos sob a manga, porque era naquela presença forte e imponente que eu encontrava segurança: ele era o Rei Alfa da Matilha Crista de Prata.
— Tem certeza do que está dizendo, Emma? — Ele perguntou suavemente, com os olhos âmbar buscando os meus. — Você pode me contar qualquer coisa, meu amor. Eu sempre vou te proteger.
Assenti com firmeza, cuidando para que meu rosto não mostrasse dúvida.
— Tenho certeza, Papai. A mamãe nunca me machucaria.
Embora o gosto amargo das palavras ainda estivesse na minha boca, sustentei a expressão inocente, afinal, mentir com naturalidade e