Seus olhos coloridos cravaram-se nela como uma âncora que a investigava, embora naquele momento ela apenas segurasse seu olhar e sorrisse para ela algumas vezes. Ela suspirava, como de costume, e abaixava a cabeça de vez em quando porque não suportava estar sob tanto poder. A potência absoluta que o pai de Alice tinha não diminuía, mas aumentava com o tempo. Eu senti que sempre seria assim.

Não quis iniciar nenhuma conversa durante o tempo em que estiveram juntos à mesa, também porque as palavras lhe ficavam presas na garganta.

O que ele sentia era tão forte que não havia palavras para descrevê-lo. Era tão intenso que mesmo as palavras certas para descrever esse amor ainda não haviam sido inventadas. Embora ela mesma pudesse criá-las se deixasse aquele leve medo que a impedia de dar um passo.

Ter um relacionamento com o pai de sua amiga não era algo trivial, era algo que deveria ser levado a sério. Ela ainda não estava convencida de fazê-lo.

Ela não sabia como tinha feito isso, ma