257. CONTINUAÇÃO
Era possível que a mulher em coma na Suíça tivesse algo a ver com a morte da minha mãe? Leonard, sempre lógico, mantinha a calma, mas eu não conseguia evitar me perder na miríade de perguntas que me assediavam. A confissão da avó era uma mistura de arrependimento e desespero, um grito contido por anos. Leonard me olhava com semblante grave, pensando nas possibilidades, nos passos a seguir. Mas eu só conseguia olhar para a mulher que me tinha protegido toda a minha vida e sentir a profundidade da dor que ela carregava consigo.
— Acha que foi a tia quem realmente matou a mamãe? — perguntei, duvidando até de pensar em tal atrocidade.
— Não tiremos conclusões precipitadas sem conhecer todos os fatos — interveio Leonard ao ver como estávamos aflitas as duas —. Vovó, melhor vamos ver os vídeos. Talvez você possa distinguir quem é a mulher que está na minha casa: a mamãe da Clío ou sua tia. Está bem? A avó assentiu, embora suas mãos tremessem ao pegar a xícara de chá que Leonard havia coloca