Respiro profundamente, tentando acalmar o caos interno que ela me provoca desde o princípio. Sempre foi assim. Desde o momento em que nossas vidas começaram a se entrelaçar, tudo deixou de ser simples. Às vezes, penso que seu amor é a única coisa que pode me salvar, mas ao mesmo tempo me pergunto se não será aquilo que também me destrua.

Eu paro um momento, como se buscasse confirmar que não há ouvidos próximos nesta fria cela antes de continuar. Seu olhar fixo no meu busca respostas. Mas só há incerteza; sei que ela não tem forças para mentir para mim nem razão para me dizer toda a verdade. Mas ela é astuta e muito boa em criar planos.

—Muito bem, criarei um bom plano e te ajudarei a raptá-las —aceita minha proposta com um sorriso—. Ninguém pode saber que ela está implicada. E tenho que desaparecer com elas muito bem.

Assinto, inclinando a cabeça, planejando algo além de suas palavras. Essa expressão calculadora que ela sempre tem me delata que já começou a trabalhar no plano q