Alessa de Luca
Fazia anos que não praticava um parto natural, já que sempre me interessei pelo centro cirúrgico, podia pedir para a Carmem assumir e fazer o que fosse possível para manter a Núbia viva para cuidar de seus bebês.
Mas com o olhar mortal que a Carmem dava para a mulher que me considerava uma irmã, por ter certeza que em poucos dias estaria sendo forçada a casar com o seu marido, acho melhor assumir o parto.
Começo a pedir tudo o que será necessário para poder manter os bebês aquecidos, me ajoelho na frente dela e lhe entrego um tecido torcido para ajudar a fazer força.
— Núbia, você precisa puxar de mim ao mesmo tempo que faz força para baixo. — Via em seu rosto o medo que sentia.
— Estou com medo irmã. — Toco em seu rosto.
Tento tranquilizar Núbia, sei que esse momento é aterrorizante e em talvez sete ou oito meses estarei passando pelo mesmo. O pavor começa a se instalar em meu coração, ainda mais se Kalil perceber que estou grávida do meu marido, ele me dará uma surra