“ Meu”
A voz ecoou novamente. A minha postura mudou sutilmente, mas eu notei que o meu peito estufou e minha cabeça estava erguida. Mesmo a minha insegurança não era suficiente para manter a postura acanhada de antes.
Meu estômago roncou alto e não me envergonhei, apenas ri com a expectativa de poder comer tudo o que eu quisesse sem nenhum carcereiro fazendo piadas, ou tentando me chantagear para receber favores indecentes.
Eu estava livre e em casa!
— Eu comeria um leitão inteiro de tanta fome! — Disse sem pensar, tamanha era a minha sensação de pertencimento.
— Cobri Imediatamente a minha boca com a mão livre.
O que estava acontecendo comigo?
Enquanto estranhava a mim mesma, o Alfa sorriu, olhando para mim como quem olha para um filhote travesso.
— Eu gosto disso, Pequena. — Ele disse após beijar o dorso da mão que segurava.
— O quê? — Perguntei encabulada.
— Que esteja diferente hoje, menos apreensiva. Aguardo pelo dia em que falará abertamente o que pensa quando estivermos juntos.