Estava tentando ser forte.
De verdade.
Mas meu corpo parecia não acompanhar a minha cabeça. Desde aquele mal-estar mais cedo, uma tontura insistente vinha me acompanhando… uma fraqueza estranha, como se a cada passo eu estivesse caminhando em areia movediça.
Durante o jantar, me esforcei para sorrir, fingir que estava tudo bem… mas só conseguia empurrar a comida no prato, como se o cheiro me enjoasse ainda mais.
“É só o estresse… só cansaço… vai passar”, pensei.
Subi pro quarto, sentei na beira da cama por alguns minutos… e quando tentei levantar… foi como se o chão tivesse desaparecido sob meus pés.
A última coisa que vi foi tudo ficando escuro… minha visão turva… um zumbido estranho nos ouvidos… e depois… nada.
Quando voltei a ter alguma noção do que acontecia, foi como emergir debaixo d’água.
As vozes vinham distantes, como se estivessem falando de muito longe.
— Mel… Melinda… escuta a minha voz… — a voz de Pietro, preocupada, quebrando o