Sebastian D'AmorePeguei o papel em mãos, conferindo cada detalhe. Tudo tinha que sair perfeito e não aceitaria erros, dessa vez nenhum advogado sairia impune e o juiz de paz. Se me fizeram perder, perderá cinco vezes mais. Contendo um mau-humor que crescia dentro do meu peito, conforme as horas se passavam e o segurança que contratei para cuidar de Alessandra havia me confirmado que ela foi para aquele maldito bar de karaokê. Sabia que André estaria com ela e esse é um dos motivos para esse papel não ter erro algum.Alessandra me irrita com a sua teimosia! Agora precisa ser mais rápido do que deveria. Caleb está com eles, não que eu esteja tranquilo quanto a isso. Porém, era mais um par de olhos de minha confiança na Alessandra.— Não acho que seja certo… — Patrícia anda de um lado para o outro, nervosa. — Acho que você está indo ao extremo.— Não pedi a sua opinião.— Pare de ser escroto, Sebastian! — segura em meu braço e me puxa para ter atenção. — Se ela souber, não vai gostar.—
Alessandra Martins Levei a mão ao rosto, respirando fundo. Minha cabeça doía, a dor parecia não ter fim. Tentei mexer meu braço esquerdo, mas resmunguei de dor. Tem alguma coisa que está incomodando no meu braço. Abrir meus olhos lentamente por conta da luz do lugar onde estou, percebi haver uma agulha em mim. Seguindo o fio com o olhar vi o soro. O que está acontecendo?— Bom dia, bela adormecida. — Virei meu rosto em direção à voz. — Como está se sentindo?Patrícia tinha um sorriso contido em seu rosto, parecia estar realmente preocupada. Fiquei algumas vezes me acostumando com uma luz e pude olhar ao redor tendo certeza onde estava.— Patrícia… por que estou no hospital?Ela se aproximou mais da cama.— Você lembra do que aconteceu ontem?Olhei para um canto qualquer tentando forçar a minha mente a lembrar. — Sei que cheguei no bar, encontrei com alguns amigos… Caleb e André estavam lá. — Olhei para ela. — Bebemos, mas… não me lembro de mais nada. Patrícia, cadê o Sebastian?Sent
Alessandra MartinsNo apartamento, Patrícia já estava lá com uma mesa linda posta para o almoço. Sebastian que não estava nada feliz em ver a sua prima, não sei se foi a Patrícia que fez a comida, mas o show estava muito bom. Se for como o seu primo, ela com certeza contratou um chefe de cozinha.— O que você está fazendo aqui? — Sebastian coloca a minha bolsa em cima do sofá e olha para Patrícia esperando a sua resposta.— Estou aqui pela Alessandra, e não por você. — diz, vindo até a mim e me abraçou. — Poupei tempo de vocês terem que preparar alguma coisa ou pedir, sei que comida de hospital não é nada boa.Sorri para ela em agradecimento.— Ok, agora pode ir embora.— Sebastian! — olhei para ele envergonhada pela sua atitude.— Está tudo bem, Alessandra. Parece que Sebastian ainda não aprendeu como demonstrar amor, mas continuo gostando muito dele. — Patrícia mostra a língua para Sebastian. — Agora venha comer.Juntas fomos até a mesa, estava gostando de ser mimada desse jeito. No
Sebastian D’AmoreA notícia de uma festa beneficente é me dada antes da minha saída da empresa, pelo Victor que dá a desculpinha de que esqueceu de contar mais cedo. Não crio caso, Alessandra está em sua mira e não poderia levantar suspeitas de qual lado estou. Victor suspeita, mas, no fundo, não acredita que teria coragem de me voltar contra ele. Tolo. Minha convivência com ele não é das melhores, e com Alessandra está caminhando para o mesmo caminho. Hoje ela foi ver o idiota do André. Ah, como foi bom atingir sua face diversas vezes.Poderia ter sido mais.André não presta e estou para provar.Patricia vem ficando em meu encalço toda hora e podemos acabar levantando suspeitas, dando uma espiã descobriu que Victor e Elisa havia se aliado contra Alessandra. É estranho e bom saber que tenho Patricia ao meu lado, qualquer outra pessoa da família não me apoiaria. Alessandra não é da família, por enquanto. Meu celular toca em meu bolso ao chegar no estacionamento, peguei o celular e con
Sebastian Martins Passo a mão pelo cabelo sentindo uma dor de cabeça que não me deixa por nada, Caleb conseguiu viagem com meu motorista para minha casa. Estou ficando no apartamento da Alessandra com ela e nunca vi dividir a casa por tanto tempo com uma mulher, também nunca estive em um relacionamento e aqui estou eu. A necessidade de tê-la por perto me assusta, assim como o conforto que me faz sentir e uma segurança. É um contrato, não assinado, que gostava de manter, mas esse contrato logo teria nossas assinaturas.— Alessandra? — Coloquei minha pasta em cima do pequeno armário na entrada.Não obtive resposta, mas consigo ver ela sentada em um dos sofás. Me aproximo, beijei seu rosto e recebi um meio sorriso. Hum, era de se esperar que o clima não fosse tão bom quando nos encontrássemos depois dela ter ido ver o amigo idiota.— Hoje garanti que você não fosse denunciado à polícia. — Se levantou do sofá. — Sinceramente não sei como André perdoou…Começo a tirar o meu terno, nem um
Sebastian D’AmoreO frio ardente de Nova York preenchia meus pulmões conforme respirava profundamente, abrir os meus olhos olhando aquela correria sem fim das pessoas andando de um lado para o outro. Às vezes alguém esbarra na outra e em um pedido singelo de desculpa continua seguindo o seu caminho. Um casal passa animadamente no outro lado da rua de mãos dadas e entram em um restaurante, pareciam felizes. Sentia náusea, o amor é perda de tempo. Não conseguia enxergar a utilidade dessa perda.— Não me importo com quem você pensa, é pago para fazer o que eu mando. — Falei ao meu assistente. O tom cortante faz com que se cale. — O investimento será maior e com o retorno financeiro triplicado, usaremos para investir nos nossos imóveis. Quero mais expansão.— Sim, senhor.Não me lembro do nome dele e tenho certeza que se pronunciar direi seu nome errado. Prefiro apenas dizer o que ele tem que fazer e pronto, continuando a fazer o seu serviço bem feito, não precisarei me dar o trabalho de
Alessandra Martins Espero que o meu dia não termine tão péssimo como começou. Sofremos um grande imprevisto para exposição de arte que acontecerá hoje à noite, o que não é nada bom. André estava precisando se dobrar em dois para poder trazer um dos quadros, Julie Leroy é a mais nova aposta para o mundo das obras-primas. Não ter o seu quadro conosco hoje seria pedir o fim da galeria e manchar a imagem da minha família. Ao ter uma linhagem como a minha, com grandes curadores de arte e eu sendo a que precisa continuar essa linhagem, qualquer errinho pode ser o maior erro da minha carreira. A pressão é grande, reconheço. Porém, não consigo dizer não para minha realidade. André é um historiador de grande porte, conheci ele em uma das minhas viagens ao Egito e nos tornamos grandes amigos. André Brown é um anjo na minha vida, também não posso esquecer que já fiz muito por ele e a nossa amizade é uma via de mão dupla. Cuidei pessoalmente de todos os preparativos da galeria, conferindo cada
Alessandra MartinsAndré e eu temos código entre nós quando precisamos ser salvos se algum cliente que está nos dando dor de cabeça ou quando estamos em um bar e um cara chato vem dar em cima de mim ou vise e versa. Temos esse sistema de parceria até nessas horas, mas no momento não é o caso. É sim… não… eu deveria estar trabalhando e não jogando conversa fora com Sebastian, então por um lado foi bom André aparecer.— Sim, está tudo bem, André…— Não, não está. — Com uma fria, Sebastian diz para André.André deu um passo à frente e coloquei a mão em seu peito em um pedido silencioso para que não fizesse nada. Sou uma anã perto desse dois. Não queria uma competição de quem mais mija longe agora. Olhei para Sebastian, esse jogo está divertido, mas preciso trabalhar.— Foi bom conversar com você, Sr. D'Amore. Espero que aproveite o máximo da nossa exposição de artes, agora preciso voltar ao trabalho.Pensei que seria melhor não esperar uma resposta sua, conversar com Sebastian não é ruim