- Vou... Vou sim - Precisava falar com Constância primeiro, mas daria um jeito de cuidar da filha. Não podia, e nem queria, abandoná-la agora - Já perdemos muito tempo.
A porta foi aberta e Tiago viu Ana depois de muitos meses.
Tinha o mesmo rosto angelical. Os olhos dele. A boca rosada e pequenina. As expressões inocentes. O cabelo escuro e liso. A pele clara. Tiago se aproximou dela e a tocou na mão com carinho. Dormia como um anjo, mas estava machucada.
Se Manuela aparecesse a sua frente naquele momento certamente a mataria. Por justiça estava presa e se dependesse dele ficaria lá por muitos anos. Por certo descontou na garotinha o fato dele não ter ido ao seu encontro novamente. Foi vê-la no dia seguinte ao motel, no shopping, mas ela somente queria dinheiro e não levou a menina. Apenas a encontraria quando ela levasse Ana para ele. Como não podia alcançá-lo, descontou sua raiva em Ana, mas agora estava presa e lá permaneceria.
Seria o gatilho perfeito para também indiciá-la sobre